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Cidades/Geral
Terça - 02 de Fevereiro de 2010 às 17:13
Por: Eduardo Cruz

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A administração municipal de Santa Rita do Trivelato reagiu com um “silêncio ensurdecedor” ao escândalo que envolve o Secretário de Administração e Planejamento, Luiz Carlos Fidalski, numa teia de acusações de perversão e coação. Desde o dia 4 de janeiro ele responde a um processo por assédio sexual que tramita em segredo de Justiça na 2ª Vara Criminal de Nova Mutum, sob responsabilidade do juiz Ricardo Alexandre Riccielli Sobrinho. O Divisor trouxe a notícia em primeira mão na sua edição mais recente e, embora não haja informações sobre a identidade da vítima, até as pedras sabem que é uma funcionária da Prefeitura, já que a legislação brasileira define esse delito como “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”, segundo consta no art. 216-A do Código Penal. A pena prevista vai de 1 a 2 anos de prisão.

O estrago nas urnas deverá ser maior do que o estrago nos tribunais: o escândalo enfraquece a administração do Prefeito Roberto José Morandini (PDT) e põe em xeque as condições do Secretário para continuar no cargo. No mundo político, a regra é que o ministro ou secretário acusado renuncie ao cargo e só reassuma após comprovar sua inocência, como forma de preservar a integridade. A gravidade da situação é acentuada pelo fato de se estar em ano eleitoral, quando a administração precisa renovar sua bancada de apoio na Câmara Municipal e preservar sua imagem de probidade, sobretudo porque o titular da Secretaria de Administração e Planejamento exerce, cumulativamente, a Presidência da Comissão Permanente de Licitações. Caso mantenha Fidalski no cargo, o Prefeito poderá dar a impressão de que acobertava as supostas investidas sexuais do Secretário contra suas subordinadas. Caso o demita, Morandini ainda poderá alegar, como faz o Presidente da República, que “não sabia de nada”. Para a administração pedetista, portanto, não há solução boa, apenas a menos ruim.






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