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Economia
Sábado - 30 de Janeiro de 2010 às 10:14
Por: Vívian Lessa

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Termelétrica de Cuiabá está paralisada há 2 anos e governo estadual não descarta negociação junto à Petrobras
Termelétrica de Cuiabá está paralisada há 2 anos e governo estadual não descarta negociação junto à Petrobras

O governo de Mato Grosso e a Empresa Pantanal Energia (EPE) prorrogaram, para até o dia 28 de fevereiro deste ano, o contrato temporário que garante o fornecimento de gás natural, para atendimento ao combustível veicular e á indústria da Sadia, em Várzea Grande. Apesar de estabelecer a distribuição do gás a Mato Grosso por mais um mês, o acordo não prevê ainda o retomada de atividade da Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá), que está paralisada há mais de 2 anos por falta de gás natural. Porém, o vice-governador, Silval Barbosa (PMDB) explica que o tempo adicional será usado para encontrar formas que resolvam, de vez, o impasse da usina e do mercado mato-grossense de gás. "Estamos articulando com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com a Petrobrás afim de resolver o problema", diz Barbosa que não descarta a possibilidade de venda da usina à estatal brasileira. Sobre esse assunto, o diretor-presidente da EPE, Fábio Garcia, prefere não comentar.

O anúncio da continuidade de fornecimento do gás aos 6 postos de combustíveis que abastecem com o produto em Mato Grosso e também á indústria, que usa a matriz energética para geração de energia, foi feito na manhã dessa sexta-feira (29) no Palácio Paiaguás, em reunião com a participação do diretor da EPE, Fábio Garcia, e o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf. Garcia garantiu que os custos, de R$ 2 milhões por mês, de manutenção do gasoduto continuarão a serem pagos pela EPE, para manter o transporte do gás da Bolívia até Cuiabá.

Para o secretário da Sicme, o grande entrave é encontrar uma solução para não desativar a Termelétrica. "Vamos tentar uma solução com o governo federal até 28 de fevereiro. Temos que negociar a vinda do gás para Mato Grosso, talvez pela própria Petrobras, por exemplo, para que ela assuma o transporte do gás ou entre como parceira de alguma empresa".

Mas para um dos proprietários de postos que fornecem gás, Ramed Moussa, apesar dos esforços, a prolongação na distribuição do combustível não contribui para o aumento do consumo. Segundo ele, a população ainda está muito insegura quanto à retomada definitiva do fornecimento do produto. Moussa ainda diz que, nos 8 dias subsequentes à retomada do gás, o movimento ficou em até 30% abaixo do esperado.

Independentemente do contrato que o governo tem com a EPE, também está ainda em vigor o acordo firmado em setembro do ano passado com a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), que garante fornecimento de gás á MT Gás durante 10 anos para fornecimento médio de 35 mil metros cúbicos diários.

Termelétrica - A Usina de Cuiabá está paralisada desde 26 de agosto de 2007, quando o fornecimento de gás a Cuiabá foi suspenso pela Bolívia. A termelétrica necessita de 2,2 milhões de m³/dia de gás para gerar sua carga máxima, de 480 Megawatts (MW) de energia.





Fonte: A Gazeta

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