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Economia
Quinta - 28 de Janeiro de 2010 às 09:18
Por: Vívian Lessa

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Em Mato Grosso, atualmente, não há nenhum estabelecimento autorizado para fazer conversão de motores de automóveis para o gás natural veicular (GNV). O registro é concedido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). A instabilidade no fornecimento do insumo energético a Cuiabá, por parte da Bolívia, é o principal motivo apontado pelos empresários do setor para essa situação. A renovação dos registros será feita a partir do momento que o segmento tiver mais confiança no abastecimento do produto ao Estado.

No fim de 2005, a Cuiabá chegou a ter de cerca de 10 convertedoras. Segundo os empresários, alguns deles foram obrigados a desistir da atividade, e outros, para não fecharem as portas incrementaram os estabelecimentos, oferecendo outros serviços, como a venda de acessórios para automóveis. Em 2007, ano em que a Bolívia reduziu o envio de gás natural para Cuiabá, 70% das empresas fecharam as portas. No final desse mesmo ano, com a interrupção no fornecimento do gás, apenas uma convertedora de gás atuava no Estado.

A empresária Audaira de Camargo Silva, uma das primeiras a entrar no ramo de conversão dos motores à gás, conta que os prejuízos amargados ao longo dos anos fizeram a desistir do empreendimento. Segundo ela, a regularização da atividade no Inmetro será adiada até o momento em que o governo garantir que o Estado não sofrerá mais com a falta do combustível. Audaíra ainda diz que tantos os empresários quanto os consumidores estão desestimulados, mesmo com a retomada do envio do gás no último sábado (23).

"Liguei para alguns clientes mas não nenhum demostrou interesse em converter o veículo". De acordo com ela, o preço para conversão dos carros é alto por não haver mercado, cerca de R$ 3.5 mil por automóvel. "No primeiro ano eram registrados, em média, 30 conversões por mês. Em 2008, foram contabilizados 8 adaptações, no ano inteiro. E em 2009, apenas 2 veículos foram convertidos".

A falta de credibilidade também é um motivo que atrapalha a continuidade da atividade no Estado, de acordo com o empresário, Demilson Fraga Oliveira. Ele diz ser o único em Mato Grosso que está em fase de regularização do serviço de conversão, junto ao Inmetro. Oliveira diz que, para isso, gastou entre R$ 7 e R$ 8 mil. De acordo com o empresário, o movimento está tímido.





Fonte: A Gazeta

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