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Economia
Quarta - 27 de Janeiro de 2010 às 07:41
Por: Marcondes Maciel

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O volume de inclusões da população mato-grossense aos órgãos de restrição ao crédito aumentou de 75,758 milhões para 77,055 milhões em 2009 (incremento de 1,71%), porém o número de consumidores que procurou as lojas para quitar as dívidas foi bem maior no ano, gerando uma queda de 5,49% na taxa de inadimplência.

De acordo com levantamento do Sistema Crediconsult, da Federação das Associações Comerciais do Estado (Facmat), no ano passado 72,118 milhões de pessoas “limparam” o nome da lista negra e se habilitaram a novas compras. Em 2008, este número foi de 68,361 milhões, o que gerou um saldo de 3,757 milhões de consumidores aptos a retomar o crédito. Já o número de consultas para compras a prazo avançou 8,95%, saltando de 1,310 milhão para 1,428 milhão de um ano para o outro.

A tendência, segundo os empresários, é de que a inadimplência continue estabilizada no primeiro trimestre do ano, apesar do grande volume de prestações vencendo neste período do ano. “A população está com sua situação financeira equilibrada devido à melhora no poder aquisitivo ao longo dos últimos anos e ao aumento do salário mínimo no mês de janeiro”, avalia um empresário de confecções com loja estabelecida na rua 13 de Junho.

BRASIL – Enquanto a inadimplência do consumidor mato-grossense apresentou queda no ano passado, em todo o país a Serasa detectou crescimento de 5,9%, na comparação com 2008. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, apesar dos impactos da crise internacional no primeiro semestre, a evolução da inadimplência ficou abaixo da verificada em 2008, que cresceu 8%, em relação a 2007. Segundo os economistas da Serasa Experian, este cenário é justificado pela rápida recuperação e volta ao crescimento da economia, normalização do crédito, juros mais baixos e geração de empregos.

Já na relação anual, dezembro 2009/2008, a inadimplência teve queda 3,3%, representando a segunda mais baixa do ano. É necessário lembrar que em dezembro de 2008, na comparação com igual mês de 2007, a inadimplência do consumidor chegou a crescer 12,8%, devido ao auge da crise financeira no Brasil, se tornando uma base elevada para comparação. Como em dezembro de 2009 o país cresce e tem um ambiente de maior confiança, a relação anual é negativa, avaliam os economistas da Serasa Experian.

Na análise mensal, dezembro contra novembro de 2009, o indicador de inadimplência do consumidor registrou evolução de 3%, representando o maior índice desde abril de 2009.

BANCOS - As dívidas com os bancos lideraram o ranking de representatividade da inadimplência do consumidor no país. Em 2009, a modalidade representou 45%, no indicador. No ano anterior este percentual era de 43,2%.

Em seguida estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras, representando 35,9% de janeiro a dezembro deste ano. No acumulado de 2008, a participação da mesma modalidade era de 33,7%.

Em terceiro lugar, aparecem os cheques sem fundos, com 17,2% de representatividade no acumulado de 2009. No mesmo período de 2008, a participação no indicador era de 21%.

O ranking é encerrado pelos títulos protestados, que em 2009 representaram 1,9%. De janeiro a dezembro do ano passado, este percentual era de 2,2%.

Em 2009, na comparação com o ano anterior, o valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram queda de 5%.






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