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Terça - 26 de Janeiro de 2010 às 17:02

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O senador Gilberto Goellner (DEM) se limitou a dizer que não acha necessária a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o suposto envolvimento do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) , Luiz Antônio Pagot, em esquema de corrupção. Pagot foi citado em relatório da operação Castelo de Areia, desencadeada pela Polícia Federal.

“Não gostaria de comentar. Enquanto não for feita uma averiguação disso, um julgamento, não gostaria de tecer comentários para não ser impiedoso com ele [Pagot], mas não acho necessária uma CPI”.

Em um documento apreendido na sala de um executivo da empreiteira Camargo Correa aparece o nome de Pagot com o termo compromisso grifado, estipulando o valor de R$ 500 mil. O documento trata da negociação de um aditivo de R$ 155 milhões para as obras da eclusa do Tucuruí (PA), tocada pela empreiteira.

Enquanto Goellner acredita não ser necessária a investigação por parte do Senado Federal, o senador Jayme Campos (DEM) acredita que o Congresso tem a obrigação de investigar as denúncias levantadas pelo relatório da PF.

Jayme ressaltou que o Congresso, por meio do senador Mário Couto (PSDB), já propôs uma CPI para apurar denúncias de irregularidades no DNIT. A CPI já foi aprovada pelos parlamentares e só falta ser instalada.
 
“Os órgãos competentes deverão tomar as devidas providências. Todos os locais onde há indícios de irregularidades, o Poder Público certamente tem a obrigação de tomar as providências legais”, observou.

Operação Castelo de Areia 

A Operação Castelo de Areia combate crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Os principais crimes investigados são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as sentenças por esses crimes podem chegar a 27 anos de prisão.

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo sem registro no Banco Central, através de depósito em conta brasileira de doleiros que possuem contas no exterior para transferência ao destino final do dinheiro.

Outro lado

A assessoria de comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) emitiu nesta segunda-feira (25) uma nota em que o diretor-geral Luiz Antônio Pagot “repudia, veementemente, a veiculação de informações vazias, desencontradas e sem qualquer comprovação”. 

A nota ainda informa que “o DNIT nunca foi citado pela Justiça a prestar quaisquer esclarecimentos com relação a essa operação da Polícia Federal e até hoje não teve acesso ao referido relatório”.






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