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Agronegócios
Terça - 26 de Janeiro de 2010 às 01:03
Por: Vívian Lessa

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Proliferação do fungo nas lavouras mato-grossenses é favorecida por condições climáticas como o calor e a umidade
Proliferação do fungo nas lavouras mato-grossenses é favorecida por condições climáticas como o calor e a umidade

A quantidade de focos da ferrugem asiática (provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi) nas lavouras de soja de Mato Grosso cresceu em 550% na safra 2009/2010 em relação à anterior. Dados divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Projeto Antiferrugem, da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), apontam que o número de registros no Estado chegou a 195, de um total de 2,692 mil amostras analisadas (entre 1º de novembro e 24 de janeiro). No mesmo período do ciclo 08/09, foram 30 focos em 1,925 mil amostras.

De acordo com gerente técnico da Aprosoja, Luiz Nery Ribas, a região sul mato-grossense é a mais afetada, totalizando 125 focos. Em Itiquira, por exemplo, o município com mais ocorrências, foram 34 casos. Nas lavouras de Alta Taquari e Guiratinga a doença também foi registrada, com 20 e 19, respectivamente. Sinop, Sorriso e Pedra Preta registraram 12 focos, cada um.

Conforme Ribas, neste ano, a incidência da ferrugem está sendo maior porque o excesso de chuvas propicia a umidade, clima favorável à proliferação do fungo. "Mesmo assim o produtor tem feito sua parte, monitorando o desempenho de sua safra desde o plantio até a colheita". Segundo ele, nas safras 04/05 e 05/06 as perdas chegaram a 10 sacas/ha, além dos custos adicionais na aplicação de defensivos.

O coordenador de Defesa Sanitária Vegetal do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), Carlos Roberto Gomes Ferraz, avalia que a situação poderia ser mais grave se Mato Grosso não tivesse adotado o sistema de vazio sanitário, período de ausência de plantas vivas no campo. "É uma estratégia no manejo da ferrugem, que foi implantada em 2006". Mato Grosso foi o primeiro Estado a adotar esse sistema no país. O vazio sanitário ocorre entre os dia 15 de junho à 15 de setembro, antecedendo o plantio da safra de soja. A falta de manutenção das lavouras pode acarretar em multas aos produtores, que podem chegar a R$ 11,700 mil.





Fonte: A Gazeta

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