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Agronegócios
Segunda - 18 de Janeiro de 2010 às 13:46

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Nesta terça-feira (19) ocorrerá a quarta tentativa para um acordo de credores com o frigorífico Arantes. O Plano de Recuperação Judicial apresentado pelo frigorífico atrela o pagamento dos pecuaristas à venda de seus imóveis. Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) essa medida prejudica os produtores que estão há mais de um ano esperando receber uma dívida de R$ 20 milhões.

Por isso, a Acrimat vai propor a mudança do texto durante a assembleia geral dos credores – AGC. A primeira assembleia foi realizada dia 14 de dezembro de 2009, mas nem chegou a ser instalada por falta de quorum, já que era necessária a presença de 50% mais um dos credores e dos créditos.

A segunda foi realizada no dia 21 de dezembro e suspensa pelos credores financeiros para o dia 12 de janeiro de 2010. Os bancos mais uma vez mostraram força e adiaram a decisão para o dia 19 de janeiro. A quarta tentativa acontece amanhã, às 10 horas, no Ipê Park Hotel, na Rodovia Washington Luis, São José do Rio Preto - SP - Km 428.

O presidente da comissão de credores dos frigoríficos de Mato Grosso e representante da Acrimat, Marcos da Rosa, mostra-se preocupado com a situação dos pecuaristas nesse processo de acordo. “Existe um protecionismo claro com os bancos, pois eles detêm mais de 90% da dívida do Arantes, mas vamos tentar até o fim um acordo que beneficie os pecuaristas. Não aceitamos o que estão nos propondo e queremos mudança no texto, segurança de recebimento e 90 dias para quitar a nossa dívida que não representa nem 2% da dívida total”, salientou. A proposta do frigorífico para os pecuaristas é de pagamento da dívida em 12 parcelas, com correção pela CDI e garantias de pagamento atrelado à venda de seus imóveis.

Em Mato Grosso a dívida do Arantes chega a R$ 13 milhões com pecuaristas, e com os produtores de Cachoeira Alta (GO), Imperatriz (MA) e Unaí (MG), o montante é de R$ 7 milhões. A dívida do frigorífico com demais fornecedores é de mais de R$ 30 milhões e com os trabalhadores cerca de R$ 10 milhões. A maior fatia, no entanto, é junto a 22 instituições bancárias com R$ 1,1 bilhão.

As informações são da Acrimat.






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