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Economia
Segunda - 18 de Janeiro de 2010 às 10:05

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O Sistema de Informações de Crédito (SCR) do Banco Central revela: a população de Mato Grosso é a segunda no ranking de endividamento no Brasi. Os mato-grossenses devem, em média, R$ 5.396,00. O  banco de dados sobre empréstimos superiores a R$ 5 mil de famílias e empresas, mostram que os maiores endividados do Brasil moram no Centro-Oeste. E m primeiro lugar aparece Brasília, com R$ 7.538.  Mato Grosso do Sul, com R$ 4.301,00 têm os maiores compromissos com os bancos.

Os números de Mato Grosso estão bem acima da média. Dados do Banco Central mostram que cada brasileiro tem, atualmente, média de R$ 2.732 em dívidas com os bancos.

Na capital federal, o valor elevado é explicado pelos altos salários do serviço público, o que permite maior exposição às dívidas. Nos outros dois Estados, muitas famílias tomam crédito nos bancos para atividades rurais sem usar operações para pessoas jurídicas, o que acaba inflando os números. Na maior economia brasileira, o Estado de São Paulo, a dívida média é de R$ 3.661, acima do patamar nacional.

Mas o que mais chama atenção no ranking do BC é o baixo endividamento das famílias nordestinas. No final da lista, estão Estados importantes, como o Ceará - o último da lista, Bahia (R$ 1.259) e Pernambuco (R$ 1.327). "O número mostra que, apesar do crescimento recente dos empréstimos nessas regiões, os bancos ainda têm um grande mercado a explorar", diz o professor de finanças do Insper, Ricardo José de Almeida. Segundo ele, o principal problema para a chamada "bancarização", que é o acesso aos serviços bancários, é a falta de formalização da economia nordestina.

Dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) mostram que há uma agência bancária para cada 18,3 mil habitantes no Norte e 18,5 mil moradores no Nordeste. No Sudeste, a média é de uma agência a cada 6,7 mil habitantes e no Sul, 6,9 mil. O professor de finanças é otimista e acredita que o recente desenvolvimento econômico da região vai alavancar o emprego formal, o que abrirá novas frentes para os bancos na região.

Com Fernando Nakagawa, da Agência Estado






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