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Agronegócios
Segunda - 18 de Janeiro de 2010 às 08:25
Por: Wisley Tomaz

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Uma das principais atividades agropecuárias, a produção de leite é considerada de grande importância e predomina na agricultura familiar em praticamente todas as regiões do país, principalmente em Mato Grosso. Contudo, na maioria das propriedades ainda é baixa a adoção de tecnologia, muitas vezes por falta de informações ou de adequações de técnicas de manejo sanitário, alimentar e genético. Com objetivo de resolver estes e outros problemas do setor foi criado pelo governo do Estado o Programa Mato-grossense de Desenvolvimento da Cadeia do Leite que trata de assuntos que envolvem desde a produção até a industrialização e comercialização.

Um pequeno produtor que deu certo na produção leiteira foi Luís Mauro Monteiro da Silva, 50, que depois de se formar em economia e também trabalhar como oficial de Justiça se acostumou a ter tudo na no papel e na ponta do lápis. Hoje ele usa seus conhecimentos para aumentar a produção em sua propriedade, localizada na região do Coxipó do Ouro, em Cuiabá. Segundo ele, ao descobrir que tinha problemas de saúde e ser aconselhado pelos médicos a se aposentar de suas atividades urbanas, resolveu se dedicar a agropecuária, se tornando um pequeno produtor de leite. "Esta fazenda tem origem familiar, pertenceu aos meus pais e praticamente estava abandonada. Não tive dúvidas em vir para cá e começar uma vida nova em algo que faço com muito prazer e, que pelo contrário, só traz benefícios para minha saúde e também qualidade de vida".

Segundo Luís, antes de começar sua produção de leite, esteve em algumas propriedades em diferentes regiões do Estado e também no Paraná, objetivando adquirir conhecimento. Ele também buscou assistência técnica e tem participado de eventos organizadas pelos órgãos que fazem parte da cadeia leiteira. No início tinha apenas duas vacas, hoje são 10, que produzem cerca de 150 litros de leite por dia. O gado utilizado por foi melhorado geneticamente, o que significa mais produtividade. A ordenha era manual, depois ele adquiriu uma pequena ordenhadeira mecânica e recentemente comprou outra de maior porte. O que mostra que os negócios têm dado resultados, já que ele também contratou dois ajudantes.

Preocupado com as exigências da cadeia e extremamente dedicado, o economista que se tornou pequeno produtor fez cursos de inseminação artificial, produção de ração animal e de sanidade animal. Além de ser um leitor de praticamente tudo que envolve a atividade leiteira. Em uma de suas pesquisas ele descobriu a gramínea modificada geneticamente tifton, um híbrido pertencente ao gênero Cynodon, pertencente ao grupo Bermuda. Há um grande número de cultivares da capim Bermuda, originários do melhoramento genético da grama Bermuda.

O objetivo de Luís é chegar a produzir 1.000 litros de leite por dia a partir da aquisição de mais vacas leiteiras e a construção de um galpão. Hoje ele utiliza tudo o que produz para a fabricação de queijos, cerca de 25 por dia, que são comercializados em mercados de Várzea Grande e com alguns clientes fixos.





Fonte: A Gazeta

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