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Cidades/Geral
Sábado - 16 de Janeiro de 2010 às 09:25
Por: Fernando Duarte

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As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e o centro cirúrgico do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) fecham na segunda-feira (18). Com isso, 8 pacientes da UTI neonatal e 6 da UTI adulta terão que ser transferidos para outras unidades de saúde. Até ontem, a Superintendência do hospital não sabia para onde seriam encaminhadas essas pessoas. O centro cirúrgico, que comporta 3 leitos atualmente, também fechará com as UTIs paradas.

Somente com médicos e enfermeiros não é possível manter o hospital e é esse o quadro de funcionários que o Júlio Müller terá a partir de hoje, já que as escalas não poderão mais ser cumpridas com a redução das horas de trabalho pela Lei 11907 e pela Portaria 918. A única esperança é se a Justiça conceder uma liminar que impeça a redução dos plantões.

A superintendente interina do HUJM, Olga Takano, lembrou que deixarão de trabalhar as áreas de Assistência Social, Hemoterapia, Fisioterapia, Bioquímica, Nutrição e laboratorial. "O Júlio Müller iniciou o trabalho há quase 26 anos somente com professores e desde que internou o primeiro paciente tivemos que dar plantão".

Das 6.132 horas liberadas pelo Ministério da Educação (MEC), 1.390 são para médicos e enfermeiros com ensino superior, o restante (4.742 horas) são para enfermeiros do ensino médio. "Eles (representantes do MEC) têm que disponibilizar outra forma (de financiamento)".

Já estão fechados os pronto-atendimentos (PA) adulto e pediátrico, além de 60% da capacidade das unidades de internação clínica médica e pediátrica. Os 2 PAs eram responsáveis por atender 100 pacientes por dia ou em torno de 36 mil pessoas por ano.

Outras 2 questões agravam a situação do HUJM. Primeiro que a quantidade de horas extras estipuladas pelo MEC para os médicos e enfermeiros por ano não pode ultrapassar 90. Isso dá um "fôlego" para o hospital até final de fevereiro, já que a cota de 2010 já teria acabado.

A segunda questão é que, na Lei 11907, de acordo com Takano, as 10 mil horas de trabalho da equipe de apoio não foram contempladas. Engloba essa equipe as lavadeiras, o pessoal do setor de informática, os vigilantes, os motoristas das ambulâncias, os profissionais da manutenção elétrica e os que trabalham na caldeira (que atua no aquecimento da água).

Na quarta-feira (13), foi entregue a intimação da Justiça Federal à União, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e ao Hospital Júlio Müller para apresentarem informações sobre a situação da entidade. A Justiça agora terá que analisar os documentos recebidos para decidir sobre a manutenção ou não das horas para o plantão do hospital.





Fonte: A Gazeta

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