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Cidades/Geral
Sábado - 16 de Janeiro de 2010 às 09:18
Por: Tania Rauber

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A lei estabelece: municípios com mais de 30 mil habitantes devem ter companhias do Corpo de Bombeiros Militar. Porém, esta realidade ainda está longe de acontecer em Mato Grosso. Atualmente, apenas 17 cidades possuem unidades de emergência do órgão. Número que representa somente 12% do total de municípios existentes: 141.

A Lei Complementar 371, aprovada em novembro do ano passado pela Assembléia Legislativa, determina que cidades com até 15 mil habitantes devam ter núcleos do Corpo de Bombeiros. Já de 15 mil a 30 mil, devem ser contempladas com pelotões; de 30 mil a 100 mil, com companhias, e, acima de 100 mil habitantes, devem dispor de batalhões.

O Comando Geral do BPM alega que, apesar de o número de municípios que possuem unidades ser baixo, representa cerca de 60% da população do Estado. Porém, quem está longe ainda sofre sem a presença da corporação. A situação veio à tona com um grande incêndio ocorrido na última quinta-feira em Juína, município localizado na região noroeste do Estado, a cerca de 700 quilômetros de Cuiabá.

Mesmo com mais de 39 mil habitantes, a cidade ainda não possui unidade do Corpo de Bombeiros. A mais próxima fica em Sinop ou Tangará da Serra, distantes, aproximadamente, 500 quilômetros. Logo no início da manhã, várias empresas localizadas na avenida Mato Grosso, a principal da cidade, foram surpreendidas por um grande incêndio, que começou em uma lanchonete. Segundo o proprietário, o fogo iniciou devido ao vazamento no botijão de gás. Consumiu todo o estabelecimento e se alastrou rapidamente.

Dia que nunca sairá da memória de tantos trabalhadores. Foram momentos de desespero e angústia. Sem poder fazer nada para conter o fogo, empresários e populares tentavam retirar móveis, mercadorias e outros pertences das lojas. Outra parte assistia à triste cena das chamas consumindo tudo que vinha pela frente.

O caminhão-pipa da prefeitura chegou ao local minutos depois, mas pouco pode fazer. Outras empresas que possuem caminhões equipados se mobilizaram e conseguiram evitar que o fogo se alastrasse ainda mais. Por sorte, ninguém ficou ferido. Os lojistas ainda contabilizam os prejuízos, que devem alcançar altas cifras.

Até o fechamento desta edição, o Comando Regional não se pronunciou sobre o assunto. A expectativa é que apresente, o mais rápido possível, o plano de ações para reverter este cenário e estruturar a corporação no Estado, não apenas construindo novas unidades, mas abrindo vagas para mais soldados bombeiros.






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