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Economia
Sábado - 16 de Janeiro de 2010 às 07:20
Por: Marcondes Maciel

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O desempenho é negativo, mas não significa que a crise internacional inibiu a abertura de novas empresas em Mato Grosso, em 2009. De acordo com levantamento divulgado ontem pela Junta Comercial do Estado (Jucemat), o balanço de abertura de empresas no ano passado apresentou recuo de 1,09% em relação a 2008, encolhendo de 14.350 firmas para 14.193 entre os dois anos. Já o número de empresas fechadas apresentou evolução de 0,18% e, as alterações, 6,64%.

“Tivemos um número menor de empresas abertas em 2009 não por desestímulo dos empreendedores ou por causa da crise mundial, que em nosso Estado trouxe pouco ou quase nenhum reflexo. O motivo é que o número de alterações de empresas aumentaram graças a uma mudança na legislação. Nos anos anteriores, a lei não permitia a alteração das empresas para outros ramos de atividade, como Limitada, Empresário, Coooperativa ou S/A (Sociedade Anônima). Com a mudança da legislação, não é necessário mais criar uma nova empresa, mas simplesmente fazer a alteração, daí a explicação para menos firmas constituídas no último ano”, esclarece o presidente da Jucemat, Roberto Peron.

Os números sobre constituições e extinções de empresas no Estado levam em conta todos os ramos de atividade. O segmento com maior procura pelos futuros empreendedores – Empresário (antiga Individual) – foi o único a registrar crescimento em 2009, passando de 6,754 mil novos registros de abertura para 6,784, incremento de 0,44%.

O ramo “Limitada” teve recuo de 1,66%, com os registros caindo de 7,231 mil para 7,111 mil, enquanto o segmento S/A teve redução de 277 para 236 (-14,80%). O ramo “Cooperativas” também sofreu redução (-32,31%), com o número de constituições caindo de 65 para 44. “Outros segmentos” encolheram 21,74%, regredindo de 23 para 18 registros.

Em contrapartida, o número de empresas extintas sofreu elevação de 0,18%, evoluindo de 2,769 mil registros para 2,774 mil.

No quesito “fechamento de empresas”, o ramo Empresário foi um dois segmentos a apresentar queda. Segundo dados da Jucemat, no ano passado, 1,549 mil empresas procuraram o órgão para formalizar o encerramento das atividades, contra 1,607 pedidos em 2008 (queda de 3,61%). No segmento Limitada, o número de registros de extinção avançou 7,42%, saltando de 1,078 mil para 1,158 mil em 2009. Sociedade Anônima registrou queda no número de fechamentos (-34,67), com os números caindo de 75 para 49. Já no ramo Cooperativa houve incremento de 87,50% no volume de extinções, com os registros saltando de 8 para 15. Outros segmentos apresentaram elevação de 1 para 3 registros de extinção no ano passado. (Veja quadro ao lado)

CONSTITUÍÇÃO - A mudança na legislação permitiu às empresas realizar um maior volume de alterações em sua constituição societária. “Até algum tempo atrás, os empresários que precisassem incorporar mais um sócio, por exemplo, teriam de abrir uma nova firma. Agora, eles têm a opção de acrescentar ou reduzir o quadro societário sem ter necessariamente de constituir empresa. Ao mesmo tempo, a empresa pode fazer também a mudança de ramo de atividade”, explica Peron.

Com a nova lei, o número de alterações em 2009 saltou 6,64%, passando de 15,795 mil para 16,843. O ramo Empresário passou de 4,480 mil para 4,708 mil registros de alterações (incremento de 5,09%), Limitada saltou de 10,472 mil para 11,354 mil (8,42%), S/A recuou de 696 para 630 (-9,48%), Cooperativas aumentou de 75 para 78 (4%) e, “Outros” segmentos, passou de 72 para 73 (1,39%).






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