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Policia MT
Sexta - 15 de Janeiro de 2010 às 16:58
Por: Ronaldo Couto

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A Polícia Civil apresentou na manhã desta sexta-feira (15) dois homens acusados de terem matado um andarilho, por farra decorrente de bebedeira, em agosto do ano passado. O delegado de Barra do Garças, Adilson Gonçalves, apresentou os autores do crime que estavam participando de um acampamento numa fazenda perto da rodovia BR-158, no distrito de Indianópolis, onde eles viram o andarilho e decidiram matá-lo depois de ingerir muita bebida alcoólica.

Moradores do distrito informaram à polícia sobre a suspeita de que os dois homens estavam acampados na fazenda. A polícia chegou à prisão de Antônio dos Anjos Cruz, 47, que era dono do revólver calibre 38 utilizado para matar o andarilho e logo depois prendeu o outro acusado, Webio Fernando da Silva, 20, conhecido como Bin.
 
Na delegacia, começou o jogo-de-empurra: Bin confessou sua participação no crime, mas alegou que quem atirou foi Antonio que por sua vez negou o crime e disse que quem efetuou o disparo foi o colega. “Vamos fazer uma acareação para ver quem está mentindo”, declarou o delegado Adilson.

O acusado Bin sustenta nunca ter visto o andarilho antes e que ficou sabendo que ele estava parado na estrada dormindo debaixo de uma árvore, com vários cachorros puxando uma carrocinha. Segundo ele, quem teria tido a ideia do assassinato foi Antônio e que o motivo teria sido farra mesmo. Bin conta friamente que o homem estava deitado na rede quando eles chegaram e começaram a mexer com ele. Primeiro provocando e depois efetuando os disparos.
 
Depois de matar o andarilho, os acusados foram embora e deixaram os cachorros amarrados numa árvore. Dois dos cinco cachorros morreram de fome e o mau cheiro acabou chamando atenção dos fazendeiros que acharam o corpo do andarilho e os cães mortos, além dos outros três, muito fracos.

O delegado Adilson informou que a Polícia Civil não tem a identificação da vítima, pois ele não portava documentos e era apenas conhecido como o “Doidinho da Carrocinha" que andava pelas rodovias da região, mas sem perturbar ninguém.

Segundo o delegado, foi muita crueldade porque o andarilho estava deitado na rede e não tinha feito nada contra os acusados. Um fato decisivo para esclarecer o crime foi a prisão de Antônio, dias depois, com um revólver calibre 38 numa festa no distrito onde foi realizado um exame de balística. O procedimento confirmou que os projéteis encontrados no corpo da vítima teriam saído da mesma arma do acusado.






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