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Cidades/Geral
Quarta - 13 de Janeiro de 2010 às 17:51

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O reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Taisir Mahmudo Karim, se recusa a fornecer ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso as imagens captadas no núcleo da Covest durante o processo de elaboração, correção e manuseio dos cadernos de prova do concurso público do Governo do Estado, anulado por conta de fraudes no ano passado.

A Promotoria de Justiça de Cáceres encaminhou nesta quarta-feira (13/01), um novo ofício ao reitor da instituição reiterando o pedido das imagens. Caso as imagens não sejam enviadas ao Ministério Público no prazo de 48 horas, a Promotoria de Justiça adotará as medidas legais e criminais cabíveis para garantir o acesso ao material.

 “Uma terceira negativa por parte do reitor configurará nova e reiterada prática do crime de desobediência. Cópias dos autos já estão com a Promotoria de Justiça que atua junto aos Juizados Especiais para a adoção das providências que o caso requer”, informaram os representantes do Ministério Público.

A Promotoria de Justiça de Cáceres depende apenas dessas imagens para concluir o procedimento investigatório e oferecer a denúncia contra os servidores acusados de envolvimento nas fraudes.

De acordo com os promotores de Justiça que investigam as denúncias de vazamento de informações do referido concurso, Samuel Frungilo e Januária Dorilêo Bulhões, já foram feitas duas requisições, uma em novembro e a outra em meados de dezembro.

“As justificativas apresentadas pela Unemat para não apresentar as imagens são totalmente descabidas, já que o Ministério Público tem o poder/dever de requisitar qualquer documento necessário para a elucidação de crime sob investigação. A ostensiva e explícita negativa em se atender a requisição ministerial configura a prática de crime de desobediência, obstruindo e atrasando a conclusão das investigações”, afirmaram os promotores de Justiça, em um trecho do documento enviado ao reitor.

O vazamento de informação no concurso público realizado pela Unemat e cancelado no dia 22 de novembro foi comprovado por meio de perícia técnica realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco/MP), em parceria com a Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso (Politec).






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