Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 08 de Janeiro de 2010 às 05:12
Por: Caroline Rodrigues

    Imprimir


Uma criança de 1 ano está há 10 meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC). Maria Eduarda tem cardiopatia congênita e precisa de um transplante de coração e outro de pulmão para ter uma vida normal. A menina alimenta-se por sonda e precisa de respiração mecânica. O pai dela, Márcio da Silva Pereira, 32, acompanha sozinho o tratamento desde o começo. Quando ela teve a doença diagnosticada, a mãe deixou a família e ele, que trabalhava em uma fazenda em Juara, saiu do emprego para cuidar da menina. O homem diz que precisa agora de um emprego para poder sustentar a família e garantir o tratamento da filha.

Márcio fala que consegue dinheiro para pagar os materiais de higiene, como fraldas, óleos e lenços umedecidos, com a ajuda dos próprios funcionários do pronto-socorro, que oferecem "bicos" para ele. O restante vem de doações feitas por estranhos, já que a família não tem parentes na Capital. "Todos acolheram a minha filha de braços abertos. As enfermeiras são como mães dela e cuidam com o maior carinho".

A paciente teve os sintomas da doença na primeira semana de vida. Ela, que nasceu com 3,5 kg, em menos de 1 mês perdeu 2 kg. O fato trouxe preocupação e o pai a levou ao hospital. No local, o profissional disse que Maria Eduarda estava desidratada. A resposta foi a mesma nas outras 5 vezes que Márcio procurou atendimento.

O estado de saúde da criança foi levado a "sério" quando um político ficou sabendo da situação da menina e obrigou o hospital a fazer a internação.

Após 12 dias, a menina foi transferida para Cuiabá, onde foi descoberta a deficiência nos órgãos.

Márcio guarda em uma sacola de plástico vários papéis que mostram a trajetória da filha dele nas instituições de saúde. Um dos encaminhamentos é para a Santa Casa de Porto Alegre (RS), onde a paciente seria operada. O procedimento foi cancelado depois da análise dos especialista. Eles argumentaram que a única solução para o caso é o transplante.

Maria Eduarda está sendo preparada para ir para casa e ficar em tratamento, por meio do sistema Home Care. Márcio disse que amigos ofereceram a casa e agora faltam algumas reformas como a troca do forro por outro de PVC e também pintura das paredes.

Serviço - As empresas ou pessoas que tenham uma vaga de trabalho disponível podem ligar para o número: 8147-9544.





Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/146674/visualizar/