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Quinta - 07 de Janeiro de 2010 às 06:57
Por: Ana Rosa Fagundes

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O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), classificou como levianas as acusações feitas contra o ex-governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira, morto em 2006, que, segundo o livro Honoráveis Bandidos, do jornalista Palmério Dória, teria deixado um conta na suíça com RS$ 42 milhões.

De acordo com o prefeito, não existem provas sobre essas acusações. “Esse tipo de jornalismo de acusações sem provas é comum na Inglaterra e está começando no Brasil. Acusam o Dante de ter conta-fantasma, mas não citam sequer nome do banco, conta ou qualquer outro documento, e o que é pior, porque sabem que não existe possibilidade da pessoa de defender”.

A viúva de Dante, a deputada Federal Thelma de Oliveira (PSDB), entrou com uma ação ordinária por danos morais contra o jornalista e a editora Casa Amarela Ltda. O processo corre na 19ª Vara Civil de Brasília desde novembro do ano passado.

Em março de 2009, o jornalista já havia publicado uma nota na revista Caros Amigos, fazendo a denúncia. O livro de Palmério Dória detalha a trajetória política do senador José Sarney e também da família, pontuando todos os escândalos e casos de corrupção envolvendo o clã, além dos relacionamentos com outros políticos. A obra tem causado polêmica no Maranhão, Estado de origem da família. O lançamento do livro teve que ser feito no sindicato dos jornalistas porque nenhuma livraria quis realizar o evento.

O autor do livro cita também o irmão de Dante, empresário Armando de Oliveira. O autor do livro afirma que Dante só foi nomeado ministro da Reforma Agrária, em 1995, no governo Sarney, por causa de sua ligação com Roseana Sarney. Ele a teria ajudado num projeto de financiamento de uma fábrica de autopeças em São Luís do Maranhão, que mais tarde estaria envolvida em escândalos de lavagem de dinheiro com recursos da Sudam.

Dória destaca que o irmão de Dante teve uma rápida e estranha ascensão, saindo de mero funcionário da Cemat, que foi privatizada no governo Dante, para se tornar um grande empresário, dono da Amper Construções Elétricas. De acordo com o livro, a empresa foi denunciada pelo Ministério Publico em 2001 por lavagem de dinheiro através de empréstimos feitos nos bancos BankBoston e no Deutsche Bank em Montevidéu, Uruguai.





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