Órgão é visto como "cabide de empregos". Novo presidente anuncia medidas para evitar escândalos na "Corte"
Coronel PM será ouvido por delegado e maçons depõem
O coronel aposentado da Polícia Militar João Bosco da Silva (63) será ouvido nesta semana no inquérito em que é acusado de dupla tentativa de homicídio durante festa de confraternização da Loja Maçônica "Filhos de Hiram", localizada no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. O advogado Saulo Bastos disse ao Olhar Direto que o coronel maçon vai se apresentar e prestar depoimento ao delegado, Márcio Alegria, responsável pelo caso, no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Planalto.
Os maçons José Dimas Mathar e César Vidotto (Venerável Mestre), que foram atingidos com o tiro, estiveram na delegacia no último dia 29 de dezembro e prestaram esclarecimentos ao delegado. Uma testemunha também foi ouvida, mas teve o nome preservado pela polícia. Em entrevista ao Olhar Direto o delegado Márcio Alegria disse que deverá arrolar outras seis testemunhas no inquérito.
Conforme os depoimentos, não houve motivo para que o coronel aposentado efetuasse o disparo. João Bosco alega que teria levado um tapa na cara do venerável César Vidotto. Ao tirar satisfação, eles entraram em vias de fatos e em seguida, o coronel atirou. José Dimas também estava no local e por isso foi atingido com a bala.
No entanto, Vidotto relatou em seu depoimento que teria feito apenas um cumprimento ao coronel com a mão no rosto. Enfatizou ainda que são amigos há mais de 19 anos e que, durante a festa, João Bosco teria feito elogios a ele. Também há informação de que o coronel teria ingerido bebida alcoólica e que estava com a arma na cintura.
Entenda o caso
O crime ocorreu na madrugada do dia 20 de dezembro, como noticiou em primeira mão o site Olhar Direto. O caso gerou polêmica entre os maçons por causa dos motivos que desencadearam os tiros disparados pelo coronel. Logo após o crime, por volta das 03h, João Bosco foi até o Cisc Coxipó e registrou um Boletim de Ocorrência (BO).
Julgamento
O caso será julgado pelo Tribunal Maçônico, formado pelos membros da Filhos de Hiram, que é ligada às Grandes Lojas. Informações repassadas dão conta que o coronel estaria enfrentando uma fase difícil na vida com a depressão, fato este que também será analisado pelo “Tribunal”.
Comentários