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Sábado - 02 de Janeiro de 2010 às 10:42
Por: Antonielle Costa

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O vice-governador Silval Barbosa assume o comando do Palácio Paiaguás, em abril próximo
O vice-governador Silval Barbosa assume o comando do Palácio Paiaguás, em abril próximo

O vice-governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), afirmou, em entrevista ao MidiaNews, que não aceitará ingerência de ninguém em suas decisões, quando assumir o cargo de governador em abril próximo. 

Ele rebateu as especulações de que sua gestão, na prática, seria controlada pelo presidente estadual do PMDB (reeleito pela oitava vez), deputado Federal Carlos Bezerra. Mesmo reconhecendo a história de Bezzera na política, Silval destacou que "as coisas precisam ser separadas".

"Se analisarmos o Carlos Bezerra enquanto partidário, são poucos políticos atuantes como ele. Bezerra tem mais de 30 anos de história, tanto dentro do partido, quanto em Mato Grosso. Ele já foi governador do Estado, prefeito, deputado estadual e federal, senador... Temos que respeitar isso. Mas temos que separar as coisas: no Governo que vou assumir, o governador será Silval Barbosa. Não vou aceitar ingerência de A ou de B, tenho deixado claro isso, inclusive, dentro do meu grupo político", afirmou.

Silval Barbosa destacou que as composições de Governo também serão feitas em cima de suas decisões. Segundo ele, seu partido será contemplado, pois tem uma história de luta em prol do Estado, mas irá formar um grupo suprapartidário.

"As composições de Governo serão feitas por mim. Quero trabalhar para fazer uma composição suprapartidária, contemplando os partidos que brigam por espaço, pois entendo que aqueles que ajudam o Governo precisam ajudar a governar também. Mas quem vai governar o Estado será Silval Barbosa", disse.

Sem receio

O vice-governador afirmou que a população mato-grossense não precisará ter receio quanto à sua administração, alegando que conhece os problemas e os potenciais do Estado, "como pouco líderes políticos". Dessa forma, disse que poderá contribuir com Mato Grosso, durante os noves meses em que estará à frente da Administração do Estado.

"Quando assumi a presidência da Assembleia Legislativa, muitos diziam que ia ter interferência de A ou de B. No entanto, o gestor do Legislativo, enquanto presidente, era o Silval Barbosa. E assim será no governo do Estado", afirmou.

"Poder da caneta"

Silval afirmou que não se utilizará do Governo e do "poder da caneta" para atrair aliados, mas sim do poder de liderança e da ampliação do diálogo.

"Na política, nunca precisei usar a caneta para ter os mandatos que já tive. Disputei quatro eleições diretas, duas de Mesa Diretora, e nunca usei o poder de caneta. Além disso, não pretendo me beneficiar com o uso da máquina", disse o vice-governador.






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