Sobe para 141 o número de mortos por incêndio em boate russa

O número de mortos devido ao incêndio ocorrido na madrugada de sábado (5) em uma casa noturna da cidade russa de Perm subiu para 141 depois da morte de vários feridos que estavam hospitalizados, informou hoje um porta-voz do governo da região dos montes Urais.

Fontes do Ministério russo de Emergência disseram à agência Interfax que os dois mortos mais recentes são uma mulher de 33 anos e um homem de 27 que estavam internados na Academia Médica Militar de São Petersburgo.

A Procuradoria-Geral da Rússia anunciou nesta sexta-feira que dois funcionários do serviço responsável por supervisionar o cumprimento das normas de segurança e de prevenção de incêndios foram acusados formalmente de negligência.

Já são seis os acusados pela suposta responsabilidade no incêndio na casa noturna, o maior a atingir um local de entretenimento na história da Rússia. Entre os acusados estão a gerente-executiva da boate, Svetlana Yefremova, o diretor artístico Oleg Fetkulov e Anatoli Zak, um dos proprietários do estabelecimento-- por violação das normas de segurança e prevenção de incêndios, causando por imprudência a morte de duas ou mais pessoas.

Serguei Derbenev, diretor da companhia que instalou os fogos de artifício, também foi acusado de homicídio por imprudência de duas ou mais pessoas, delito punido com até cinco anos de prisão.

Os quatro foram detidos imediatamente depois do incêndio, e são mantidos em Perm em prisão preventiva.

Mais de 1.500 pessoas morrem por ano por causa de incêndios na Rússia, e as autoridades admitem que fiscais muitas vezes extraem subornos dos estabelecimentos em vez de exigir que cumpram as regras de segurança. Esse foi o pior incêndio em uma discoteca no mundo desde que quase 200 pessoas morreram em Buenos Aires durante uma festa em 2004.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou que o Ministério de Situações de Emergência está realizando controles adicionais de clubes, salas de espetáculos e espaços similares, embora tenha dito à agência oficial RIA Novosti que "o importante agora é salvar aqueles que sofreram queimaduras e ferimentos".