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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 11 de Dezembro de 2009 às 08:53
Por: Ana Paula Bortoloni

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Um total de 2.837 ovos do mosquito Aedes Aegypti foram encontrados em novembro na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá. A situação coloca a instituição em alerta e a preocupação é ainda maior diante da constatação de que os criadouros existem não por falta de informação da população universitária, mas porque o conhecimento não é posto em prática no combate da doença.

Levantamento realizado pela universidade aponta que de abril de 2007 a novembro deste ano, o local onde foi encontrado o maior número de ovos foi o Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas (ICET), o bloco das engenharias, que chegou a 2.376 registros. Lá, agentes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) encontraram ontem pela manhã diversos criadouros, inclusive em vãos existentes no próprio prédio, que permitem o acúmulo de água e presença de larvas. Um foço construído para a instalação de um elevador para acessibilidade é um dos pontos apontados como de maior acúmulo de água no campus, porque a parte de cima é aberta e há dificuldade de escoamento do líquido.

Em segundo lugar no ranking aparece o Instituto de Letras, onde no mesmo período foram encontrados 1.766 ovos, e em seguida vem o setor de Engenharia Sanitária, com 1.634. Em quarto aparece o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, com 1.438 ovos. "Este é exatamente o setor onde se faz pesquisa sobre essas coisas", revolta-se o professor Elias Nogueira Peres.

A Faculdade de Medicina Veterinária, o Bloco de Direito, Ginásio de Esportes e Agronomia registraram, respectivamente, 1.282, 1.212, 1.119 e 1.083 ovos durante os quase 2 anos.

O levantamento do nível de infestação da universidade teve início há 4 anos, a partir da utilização de uma armadilha chamada ovitrampa, que identifica a presença dos ovos e aponta a situação do local por amostragem. Em março de 2007, o número chegou a 152. O professor aponta que os meses de outubro a dezembro são os que apresentam os maiores índices, mas em 2009, devido a antecipação do período das chuvas, a situação está ainda mais crítica.

Ontem pela manhã, a Comissão Interinstitucional de Controle da Dengue da UFMT realizou um mutirão de limpeza no local. Servidores das Secretarias de Infraestrutura e de Saúde, além do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura do Campus realizaram uma completa varredura na instituição, inclusive nos telhados e em locais de difícil acesso.

Próximo ao Restaurante Universitário foi montada uma pequena exposição com demonstração do ciclo reprodutivo do mosquito, as formas de controle e prevenção da dengue. Uma equipe de professores e estudantes ficou responsável pela distribuição de uma cartilha e panfletos informativos. O mutirão de combate a dengue realizado ontem faz parte da comemoração pelos 39 anos da UFMT, que inclui ações relacionadas ao compromisso da instituição com a cultura, o esporte e com as questões sócio-ambientais e da saúde.





Fonte: A Gazeta

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