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Politica Brasil
Domingo - 14 de Julho de 2013 às 18:24

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A ex-senadora Marina Silva disse na tarde de sábado (13) que uma proposta de reforma política no País não pode servir “apenas para dar uma resposta à conjuntura” que emergiu no País após as manifestações que tomaram as ruas de várias cidades no mês de junho.


 
— A reforma é importante, estratégica, mas não pode ser apenas para dar uma resposta à conjuntura. É preciso ver como essa reforma política faz o debate com a sociedade para integrar esse novo sujeito político que está surgindo no Brasil e no mundo.


 
A crítica da ex-ministra do Meio Ambiente ecoa direto nos ouvidos da presidente Dilma Rousseff, que propôs a realização de um plebiscito para debater a reforma política no País justamente para dar uma resposta aos protestos contra a classe política.


 
Para Marina, a reforma tem de ser pensada “numa perspectiva estruturante”.


 
— Por isso insisto na ideia de uma agenda. A agenda estratégica deve ser um pacto com o País, independente dos que concordam ou discordam do governo. E com os movimentos, sobretudo eles, que estão pautando as questões que estavam sepultadas, como a reforma política, por exemplo.


 
A ex-senadora defende que a reforma seja um dos elementos dessa agenda, que contemplaria ainda o pacto federativo e “a ideia de um novo modelo para o desenvolvimento e todas as questões que organizam em perspectiva esse País que está se descortinando”.


 
Marina esteve em São Paulo participando de um encontro com apoiadores que trabalham para coletar as assinaturas necessárias para criar a Rede Sustentabilidade, seu futuro partido.


 
De acordo com as contas do grupo, 761 mil apoios já foram registrados e estão sendo encaminhados para os cartórios eleitorais.


 
São necessárias cerca de 500 mil assinaturas para que a legenda saia do papel. Mas os marineiros trabalham com a expectativa de conseguir pelo menos 800 mil.


 
A margem de segurança é necessária porque muitas das assinaturas são invalidadas pela Justiça Eleitoral por problemas no preenchimento das fichas ou erros de informação.


 
Plebiscito em risco


 
As propostas da presidente Dilma para responder às manifestações estão em risco por conta de umaa divisão na base de apoio do governo no Congresso. Das cinco prioridades anunciadas por ela, duas já sofreram baques: o plebiscito para discutir a reforma política e a destinação dos royalties oriundos da exploração do petróleo para a educação.


 
No caso do plebiscito, o PT ainda busca, com apoio do PDT e do PCdoB, ressuscitar a proposta a tempo de que ela valha já para as eleições de 2014. O PMDB, um dos principais aliados do bloco governista, considera a proposta “um equívoco”.


 
Agora o PT quer, com o apoio de centrais sindicais, apresentar um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) propondo a consulta. Juntos, PT, PDT e PCdoB têm 138 parlamntares. É necessário o apoio de pelo menos 171 para levar a matéria ao plenário da Câmara.


 
No caso dos royalties, o Executivo enviou ao Congresso um projeto que destinava 100% dos recursos para a educação, mas os parlamentares alteraram o texto e fixaram uma divisão de 75% para a educação e 25% para a saúde




Fonte: Do R7

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