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Economia
Terça - 08 de Dezembro de 2009 às 08:25
Por: Renata Veríssimo

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O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, disse que não tem expectativa de uma reversão na valorização do real. Segundo ele, é preciso investir mais em medidas de competitividade em áreas como a da infraestrutura e promover desonerações tributárias para as exportações como forma de compensar a desvantagem cambial. "A desoneração das exportações ainda é difícil (na prática), porque há muito acúmulo de crédito", afirmou.

Fonseca observou que a retomada do crescimento da indústria no Brasil está sendo puxada pelo mercado interno e que, nos países desenvolvidos, a recuperação da economia não tem acompanhado a dos emergentes. "O setor externo ainda não entrou forte. As exportações não serão o carro-chefe em 2010. Além disso, os mercados estão mais competitivos, e o Brasil tem a desvantagem do real desvalorizado. Vamos ter dificuldades na recuperação dos mercados perdidos", afirmou.

O gerente da CNI defendeu a retomada da redução dos juros pelo Banco Central (BC): "O Brasil continua sendo um dos campeões em juros reais. Segundo Fonseca, a redução dos juros ajudaria a estimular a economia sem pressão inflacionária, já que existe uma folga na capacidade instalada da indústria.Ele disse que, ao contrário de alguns analistas, não vê motivos para um aumento da taxa Selic em 2010: "Não se espera para 2010 uma pressão inflacionária, principalmente se houver uma retomada dos investimentos, o que aumenta a capacidade produtiva da indústria". Fonseca disse que espera também uma redução nos gastos públicos em 2010, apesar de ser um ano eleitoral.





Fonte: AE

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