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Politica Brasil
Segunda - 07 de Dezembro de 2009 às 07:12

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Com menos de um ano de administração, alguns prefeitos já vivem clima de racha com seus vices. São os casos envolvendo Túlio Fontes (DEM) e o seu vice Wilson Kishi (PDT) em Cáceres, e Joemil Araújo (PMDB) e Maria Ângela Godói (PP) em Rosário Oeste. Durante a campanha eleitoral, os companheiros de chapa caminham numa harmonia exemplar. Após a vitória, começam, então, as pressões de todos os lados. Dos 141 prefeitos, ao menos 15 estão brigados com seus vices, emboram muitos não admitam esses conflitos.

Geralmente as brigas são motivadas por cargos, ciumeira, ocupação de espaço na administração, conspiração e interesses pessoais. Em Cáceres, Túlio e Kishi se uniram contra os irmãos Pedro e Ricardo Henry (ambos PP). Curiosamente, o prefeito e o vice foram aliados dos Henry, que também ocuparam os mesmos postos. Ricardo se reelegeu prefeito no ano passado, mas foi cassado por crimes eleitorais. Pedro começou sua trajetória como vice-prefeito de Cáceres.

Segundo colocado nas urnas de 2008, Túlio Fontes retomou a prefeitura em janeiro deste ano, após comandá-la por quatro anos (2000/2004), e nomeou Kishi como secretário de Obras. Onze meses depois, a relação entre os dois está estremecida. De todo o secretariado, Kishi é um dos que mais recebem críticas, não diretamente do prefeito, mas de emissários. O pedetista resiste. Continua no cargo, mas sente-se excluído. Ambos têm estilos diferentes. O pedetista é mais popular. Ex-vereador por cinco mandatos, circula nos bairros e se mostra mais próximo do povo. Túlio vive mais trancado no gabinete. O prefeito não apoia o seu vice para deputado estadual. Demonstra maior simpatia ao nome do vereador Celso Fanaia (PSDB), de quem é amigo de infância e foi seu secretário de Educação no primeiro mandato. Como pretende concorrer de novo a uma cadeira na Assembleia, Kishi deve deixar a pasta de Obras até março, isso se o prefeito não exonerá-lo até lá.

Em Rosário Oeste, as divergências entre Joemil e Tetê são tão fortes que se transformaram em caso de polícia e resultaram na criação de uma Comissão Processante para investigar denúncias de agressão da vice contra o prefeito. Assim como em Cáceres, Tetê começou a gestão acumulando cargo de secretária. Conduziu a Agricultura e tentou montar um governo paralelo. Barrada, logo rompeu com o prefeito. E, assim, caminham aqueles que deveriam estar em sintonia e no mesmo projeto político e administrativo, mas que, no meio do caminho, acabam tomando rumos diferentes. Quem perde é a população.





Fonte: RD News

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