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Cidades/Geral
Terça - 01 de Dezembro de 2009 às 01:45
Por: Caroline Rodrigues

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5 pessoas foram presas pela PRF e caso foi encaminhado para Polícia Civil que investiga ligações em outras ações em Mato Grosso

Cinco pessoas foram presas com equipamentos eletrônicos e documentos falsos que seriam utilizados para fraudar o vestibular de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic). Na bolsa de um dos acusados, Zeus Ribeiro, 23, estavam equipamentos de escuta telefônica, celulares adaptados e pontos auriculares. O delegado titular do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Coxipó, Silas Tadeu Caldeiras, diz que o grupo faz parte de uma quadrilha especializada que pode estar ligada a outras ações no Estado.

Dentro do carro, a Polícia achou 38 fotos 3X4 de homens e mulheres, além de materiais para confecção de documentos falsos. No registro da PRF, os materiais estavam todos na bolsa de Luciana Gonçalves Conedo, 41, que foi liberada após o depoimento.

Além de Zeus, foram autuados em flagrante por falsidade ideológica Bruno Corredeira Barbosa, 22, e Ana Paula, 22. Todos foram encaminhados para o presídio. O motorista do carro, Nixon Oliveira, 34, e a esposa dele, Luciana, 41, foram ouvidos como testemunhas e liberados pelo delegado plantonista, que atendeu o caso que aconteceu na madrugada de domingo (29).

Eles foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na saída de Cuiabá e estavam a caminho da cidade de Anápolis, em Goiás, onde fazem curso superior. Conforme o depoimento, Zeus, Bruno e Ana Paula foram aliciados por um homem, não identificado, quando estavam na frente da faculdade. Ele abordou o grupo em um bar e perguntou se eles queriam ganhar dinheiro fácil. O estudantes falaram que sim e deram fotos para o condutor.

No dia seguinte, ele entregou as identidades falsas e deu R$ 500 para o trio vir a Cuiabá fazer o vestibular em nome de outras pessoas. Uma outra parcela, na mesma quantia, seria entregue na volta.

Zeus fala no depoimento que Nixon vinha para Cuiabá a passeio e ele propôs ajudar nas despesas em troca de carona. A afirmação foi negada pela esposa de Nixon. Luciana conta que foram contratados por um homem que pagou dinheiro, bem como todas as despesas da viagem para trazer o trio.

Uma das hipóteses, abordadas pelo delegado Silas Caldeiras, é que eles tenham participado do primeiro dia e alguma coisa deu errado. Por este motivo, desistiram da ação e tentavam retornar às pressas para casa.

A possibilidade pode ser confirmada por um dos fiscais da prova, que prefere não se identificar. Ele conta que no sábado (28), um homem foi impedido de fazer a avaliação porque estava com identidade falsa. O candidato foi encaminhado para a coordenação. O funcionário não sabe informar o destino do fraudador.

No depoimento, Luciana fala que estavam todos tranquilos até que, no sábado à noite, ficaram nervosos sem explicação e queriam voltar para Anápolis o mais rápido possível.

Caldeiras argumenta que todos os envolvidos serão chamados para novos depoimentos para esclarecer as dúvidas que apareçam durante a investigação.

Unic - O diretor regional da instituição, Orlando Alves Ferreira, disse que teve acesso a notícia pela imprensa. Ele não sabe ainda o teor do inquérito e nem os candidatos que contrataram o serviço dos falsificadores. Conforme Ferreira, a Unic está atendendo as questões imediatas e quando for oportuno vai encaminhar alguém da assessoria jurídica para acompanhar o caso.

As pessoas que estiverem com o nome nas identidades falsas terão a prova cancelada, como está descrito no edital. Ferreira nega a informação de que houve casos registrados de documentos falsos no sábado.





Fonte: A Gazeta

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