Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 16 de Outubro de 2009 às 11:31
Por: Romilson Dourado

    Imprimir


Blairo Maggi (PR) está tão determinado a concorrer ao Senado que renunciará ao mandato de governador entre janeiro e fevereiro, dois meses antes do prazo-limite para desincompatibilização. Ele já fez o comunicado aos principais assessores e ao seu vice Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato ao Palácio Paiaguás. O peemedebista fica com o privilégio de concluir 10 meses da gestão e, de quebra, com o trunfo de concorrer às eleições gerais com a máquina a seu favor, uma estrutura que representa R$ 7,7 bilhões de orçamento distribuídos em 22 secretarias, órgãos e autarquias vinculados e que, juntos, empregam quase 100 mil servidores.

Com Maggi sai praticamente todos os secretários. Daqui a quatro meses eles vão colocar os cargos à disposição para deixar Silval mais à vontade quanto a redefinição da equipe do primeiro escalão, principalmente a primeira-dama Terezinha Maggi, secretário de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social. Por enquanto, o governador mantém internamente o compromisso de deixar o Paiaguás em fevereiro. Mesmo assim, muitos não acreditam nessa possibilidade, já que Maggi havia feito outros compromissos antes e, posteriormente, resolveu desfazê-los a cada surgimento de fatos novos, como de renunciar em dezembro deste ano para vir a ser ministro do governo Lula ou de concluir integralmente o mandato até dezembro de 2010 por causa da escolha de Cuiabá como uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014.

Maggi admite que o desafio é grande para se eleger senador e se torna ainda maior porque o histórico mostra que governadores mato-grossenses que renunciaram ao Paiaguás para concorrer a vaga no Congresso Nacional acabaram derrotados, como foram os casos de Garcia Neto, Carlos Bezerra e Dante de Oliveira. Ele afirma ter serviço prestado e que tudo "é uma questão de voltar a conversar com a população para mostrar os feitos e apresentar novos projetos". "Se eu, de fato, for candidato a senador, vou tentar quebrar mais um paradigma", diz o governador, ao lembrar de sua eleição em 2002 e da reeleição em 2006, todas no primeiro turno.

O empresário que desde 98, quando se elegeu primeiro-suplente de senador de Jonas Pinheiro (já falecido) tomou gosto pela política, tem comentado que precisa do apoio integral da família para encarar o pleito ao Senado. Seus aliados têm empurrado Maggi para a disputa majoritária. Eles observam que o Congresso Nacional tende a passar por uma boa "oxigenação", com renovação de dois terços das cadeiras e com possibilidade de melhorar o quadro de parlamentares. Maggi tem ouvido de parlamentares, prefeitos e empresários o argumento de que precisa, se eleito senador, atuar em questões macro e na viabilidade de recursos para Mato Grosso, especialmente junto aqueles projetos que obrigatoriamente devem ser concretizados como condicionantes para Cuiabá ser, de fato, uma das sedes do Mundial de 2014.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/152983/visualizar/