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Meio Ambiente
Quarta - 30 de Setembro de 2009 às 14:02
Por: Maria Barbant

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Termina nesta quarta-feira (30.09) o período proibitivo para queimadas em Mato Grosso. O início antecipado do período de chuvas, segundo o tenente coronel BM, Alessandro Borges, coordenador de Gestão do Fogo, contribuiu para a diminuição do número de incêndios no estado. “Também foi fundamental para essa redução, o incremento das ações de fiscalização e a da conscientização dos donos de propriedades rurais aliados às ações de prevenção em parceria com outras instituições e municípios, sem mencionar o incremento na estrutura do governo, de pronto combate aos incêndios”.

Esta semana, desde a segunda-feira (28.09), o coordenador de Gestão do Fogo, junto com técnicos da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil (num total de 25 pessoas), estão percorrendo as regiões de Aripuanã, Colniza, Nova Bandeirantes, Cotriguaçu, Juruena, Nova Maringá, São José do Rio Claro, Juína, Juara e Porto dos Gaúchos. A operação, por terra e por ar, envolve cinco equipes (por terra), três (3) aeronaves da base localizada no município de Aripuanã, e mais o helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) - da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) -, utilizado pela Sema.

O tenente coronel BM Alessandro Borges explicou que a operação tem como objetivos, além do monitoramento aéreo de áreas onde foram detectados este ano um maior número de incêndios florestais, a fiscalização e responsabilização e, também orientação para os proprietários rurais, assentamentos, e a população desses municípios.

Por telefone, o coordenador informou que desde o início da operação foram registrados focos isolados de incêndios florestais em assentamentos e algumas áreas nas regiões de Cotriguaçu, Juína e Colniza, todos sob controle. Também esta semana três assentados foram presos na região de Sinop. O coordenador informou ainda que chove em muitas regiões do estado.

“É importante lembrar a população que o término do período proibitivo não significa que está liberada a queima. Provocar queimada é crime, proibido o ano todo. Os proprietários que precisam se utilizar da queima controlada tem que solicitar uma autorização do órgão ambiental (Sema). Nesse caso, deve ser apresentado um projeto à secretaria, informando o tamanho da área e também a estrutura para controle das chamas”, salientou o tenente coronel BM, Alessandro Borges.

No caso da zona urbana, em qualquer época do ano, em terrenos baldios, é proibido fazer queimada.

A operação deve continuar durante toda essa semana. Na próxima semana, será feito um balanço das ações coordenadas pela Sema, durante o período proibitivo. Durante todo o ano, a Secretaria trabalho nas ações de monitoramento, fiscalização, prevenção, responsabilização e educação ambiental, com objetivo de diminuir o número de focos de calor no estado. “Durante todo o mês de outubro e os próximos meses, as ações nesse sentido continuam. O fim do período proibitivo não significa o término das ações do governo no combate as queimadas”, salientou o coordenador.

CHUVA E FOGO

Os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) mostram que de junho a setembro deste ano, choveu quase 200 quilolitros na região de Cuiabá.

Uma quantidade considerada pelos técnicos, acima do esperado, o que colaborou para que o número de focos de calor registrados fosse menor do que nos anos anteriores. Só em Cuiabá a redução foi de quase 60% se comparada com o ano passado.

Em relação aos focos de calor registrados pelos satélites do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) em Mato Grosso, desde o início do período proibitivo – em 15 de julho - até hoje, 30.09, foram registrados no estado 17.308 focos de calor. Os municípios onde foram registrados os maiores números de focos de calor foram: Colniza, com 1.279; Nova Bandeirantes, 850 focos; Itanhangá, 520 focos; Campo Novo do Parecis, com 511 focos; Nova Maringá, com 502 focos e Brasnorte, com 427 focos.

Este ano, de 01 de janeiro até agora (30.09), os satélites do Inpe registraram 26.315 focos de calor em Mato Grosso. Os municípios que mais queimaram foram: Nova Ubiratã, com 1.426 focos; Colniza, com 1.313 focos; Nova Maringá, 953 focos; Nova Bandeirante, 900 focos; Brasnorte, 788 focos; Gaúcha do Norte, 784 focos; Tangará da Serra, com 769 focos e Feliz Natal, com 754 focos.

Em 2008, no mesmo período, de 15 de julho a 30 de novembro, os satélites do Inpe registraram em Mato Grosso, 45.205 focos e, naquela época, os municípios que mais queimaram foram Colniza, com 2.045 focos; Nova Bandeirantes com 1.986; Nova Maringá, 1.716; Luciara, 1.641; São Félix do Araguaia, com 1.166 e Campinápolis, com 1.137 focos.

No ano de 2008, de 1º de janeiro a 30 de setembro, foram registrados no estado pelos satélites do Inpe, 53.222 focos de calor.

Em 2007, o Inpe registrava em Mato Grosso, no período de 15 de julho a 30 de novembro, 171.947 focos de calor. Naquele ano, os municípios que mais queimaram nesse período foram Vila Rica, com 6.731 focos; Ribeirão Cascalheira com 6.101 focos; São Félix do Araguaia, com 6.057; Cocalinho, 5. 847; Colniza, com 5.552 e Confresa, com 5.357 focos. Naquele ano, de 01 de janeiro a 30 de setembro, foram registrados em Mato Grosso, 191.581 focos.

É bom lembrar ainda que quem é pego ateando fogo pode receber multas que variam de R$ 1 mil por hectare nas áreas abertas a R$ 1,5 mil por hectare nas áreas de floresta, além de ser preso e responder criminalmente por isso. A pena nesses casos é de até 4 anos de prisão, estabelecida pela Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.





Fonte: Assessoria/Sema-MT

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