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Economia
Sexta - 21 de Agosto de 2009 às 06:17
Por: Fabiana Reis

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A suinocultura de Mato Grosso acumula um prejuízo de 19,04%. O percentual se refere à diferença entre o custo para produzir um quilo de carne, que é de R$ 2,10 e o valor pago ao criador por este mesmo quilo, que é de R$ 1,70. E como se não bastasse, os preços ao consumidor final não acompanham esta tendência, o que faz com que o setor não tenha alternativas para recuperar o déficit. A saída mais viável, a curto prazo, seria aumentar o consumo, decorrente do barateamento no preço da carne.

O presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Luiz Antônio Ortolan Salles, afirma que o suinocultor está passando por uma grave crise e não vê perspectivas de melhoras que não sejam em consequência do fomento ao consumo. Ele conta que a situação foi ainda mais agravada com a pandemia da Influenza A H1N1, chamada também de gripe suína, que retraiu o consumo. "A falta de informação e a forma como foi divulgada a ocorrência da gripe fez com que muitas pessoas deixassem de consumir carne suína, causando mais apreensão ao setor produtivo".

Para tentar minimizar os efeitos da crise, o presidente diz que a tendência é o abate de matrizes, assim como ocorreu com a pecuária, associado ao abate precoce dos animais. "Se antes o animal era abatido com uma média de 110 kg, agora ele está sendo enviado ao frigorífico com peso entre 95 e 100 kg". Porém, mesmo com o cenário desfavorável, a entidade promoverá cursos de aperfeiçoamento na criação de suínos e também de tratamento de dejetos, que estão agendados para o mês de outubro. Os treinamentos ocorrerão em Lucas do Rio Verde e Várzea Grande e têm o objetivo de otimizar a suinocultura.





Fonte: A Gazeta

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