Materiais de acabamento puxam alta de 0,17%

O Custo Unitário Básico por Metro Quadrado (CUB/m²) da construção civil, em Mato Grosso, registrou alta de 0,17% em junho de 2013 em relação ao mês de maio deste ano. Os dados foram divulgados ontem pelo Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon/MT). O CUB é um índice que contribui para aferir a inflação no setor da construção. 

 

O levantamento mostra também que o metro quadrado da construção aumentou de R$ 948,71 (maio/2013) para R$ 950,28 (junho/2013). Os custos com materiais de acabamento foram os maiores responsáveis pela elevação do CUB, que monitora a cotação em quatro áreas. Além de materiais, o CUB considera os preços adotados pelo mercado nos setor de mão-de-obra, despesas administrativas e equipamentos. 

 

“A elevação de preços dos materiais de acabamento reflete o impacto da inflação na economia. Como a indústria vive de ciclos, junho foi o mês em que a indústria repassou para esses produtos a elevação dos custos para a fabricação. Isso acontece também em relação ao cimento, mão-de-obra e outros itens. Transfere os custos aos produtos e, em seguida, faz a acomodação de preços”, analisa o presidente do Sinduscon/MT, Cezário Siqueira Gonçalves Neto. 

 

Os itens que mais contribuíram para a elevação dos custos foram: locação de betoneira (4,53%), placa de gesso liso (2,93%), placa cerâmica 30x40 cm (2,46%), bacia sanitária branca (2,17%) e registro de pressão cromado (1,65%). O projeto-padrão representativo para o cálculo do CUB/m² em Mato Grosso é o R8-N (Residência Multifamiliar Padrão Normal), ou seja, um apartamento com três dormitórios, sendo um suíte, sala de estar e jantar, banheiro social, cozinha, área de serviço com banheiro e varanda. 

 

“O CUB é mais um índice da construção civil, mais uma ferramenta para monitorar os custos. No mercado há outros índices igualmente importantes. Mas é preciso destacar que eles não devem ser comparados, pois apresentam metodologias de cálculos diferentes. A comparação só deve ser feita se utilizarem a mesma unidade de referência”, adverte a engenheira civil Sheila Marcon de Mesquita, assessora técnica do Sinduscon/MT.