Umidade abaixo dos 20% deixa Estado sob alerta até 2ª-feira

Mato Grosso está em estado de alerta em virtude do índice da umidade relativa do ar (URA) vigente. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a incidência pode ficar abaixo de 20%, condição que deverá persistir durante os próximos dias, pelo menos até segunda-feira.

Segundo a escala da Organização Mundial de Saúde (OMS), a URA ideal é a partir de 60%. Entre 60% e 30%, a situação é considerada aceitável. Abaixo de 30%, já requer atenção e, inferior a 20%, há o “estado de alerta”. O estado de emergência é quando o nível atinge percentual abaixo de 12%.

A diminuição da umidade do ar ocorre todos os anos neste período, devido à falta de chuvas. O resultado pode ser percebido pelo ressecamento da pele, sangramento do nariz, irritação nos olhos e pelo aumento das doenças respiratórias, como bronquite, asma e renite, que levam centenas de pessoas, especialmente crianças e idosos, às unidades de saúde. A situação requer uma atenção especial quanto à necessidade de umidificar o ambiente com vaporizadores e colocar toalhas molhadas ou recipientes com água nos quartos e hidratar a pele. Outra dica para evitar problemas de saúde neste período seco é evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15 horas.

O quadro piora quando, associadas à baixa umidade, a população também enfrente o problema das queimadas, que além de prejudicar a saúde das pessoas, provoca danos, muitas vezes irreparáveis, ao meio ambiente.

Para combater as queimadas, a Secretaria de Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades), em parceria com o Corpo de Bombeiros, montou mais uma vez o projeto Quadrante, que conta com 38 brigadistas, divididos em quatro equipes, para atender toda a cidade.

De acordo com o coordenador do projeto, Vlademir Bouret, desde o início da atuação neste ano já foram registrados 40 focos de incêndio na área urbana da Capital. Entre os bairros com mais ocorrências estão Jardim Cuiabá, Morada do Ouro, Praeirinho, a região do Grande CPA e o Distrito Industrial. Bouret, no entanto, salienta que de janeiro ao início de agosto deste ano houve uma redução no número de queimadas, se comparado com o mesmo período do ano passado. Em 2008, foram emitidos 257 autos de infração, contra 228 ao longo de 2009.

“Estamos com 13% a menos de ocorrências. Tivemos uma condição climática mais favorável, mas esta diminuição também é resultado do trabalho de educação ambiental e da fiscalização feito junto às secretarias de Saúde e Educação visando identificar e notificar os proprietários de terrenos baldios e para alertar a população sobre os efeitos das queimadas no meio ambiente e na saúde”, comentou.