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Cidades/Geral
Quinta - 06 de Agosto de 2009 às 19:30
Por: Kleverson Souza/Wesllen Ortiz

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Três mil e setecentas vagas do concurso público do Governo do Estado são voltadas para o Ensino Médio, ou seja, candidatos que concluíram o 2° grau. São 15 cargos com salários que variam de R$ 630 para técnico administrativo educacional e R$ 1.588,01 para soldado da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Para o nível médio, o cargo de soldado da Polícia Militar também é o maior em número de vagas (1000), seguido por agente prisional (859) e técnico administrativo educacional (500).

As inscrições para os cargos de nível médio custam R$ 50 e podem ser feitas até o próximo domingo (09.08) somente pela internet. O boleto poderá ser pago na segunda-feira (10.08). O Governo do Estado disponibilizou 151 postos de inscrição para àquelas pessoas que não tem acesso à internet.

Confira os perfis dos cargos de nível médio:

Agente da Área Instrumental do Governo - O Agente Instrumental da Área do Governo, Simonete Rocha dos Nascimento, lotado na Secretaria de Estado de Administração, diz que tem dois tipos de agente. “O agente pode atuar em qualquer área, na digitação, operação de computador, sistema SEAP, arquivo, entre outros. E também tem o agente que é específico para uma determinada área, como secretariado, arquivista”.

Segundo Simonete Rocha, as dificuldades que os candidatos poderão encontrar nessa área são relativas os termos técnicos de administração. Mas tem muitos benefícios, que vão além de conhecer a área administrativa. “Existem cursos oferecidos pelo Estado para qualificação profissional, além da possibilidade da progressão de classe”.

Agente de Desenvolvimento Econômico – Atuando há 15 anos neste cargo, Rosângela Camargo Nascimento, lotada na Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs) afirmou que este profissional trabalha na área administrativa. “O profissional deste cargo vai atuar na área de digitação, recepcionar documentos. É uma área ampla, ele pode desenvolver várias atividades, mas precisa gostar do que faz”.

Agente de Serviço de Trânsito - A servidora Ana Elza Alves Pereira trabalha como agente de serviço de trânsito no Detran há mais de 30 anos, e diz que é preciso estar sempre preparado e disposto a oferecer informação a população. “O agente de serviço de trânsito desenvolve atividades administrativas e operacionais, ligadas à emissão de documentos, faz vistorias em veículos e também pode atuar em todas as áreas do Detran”. Segundo Ana Elza, o agente de serviço também aplica a prova prática de trânsito, realiza o atendimento ao público e também no protocolo.

Agente Fiscal de Defesa Agropecuária Florestal I e II – Arlindo Gomes Leite Filho está lotado no Instituto de Defesa Agropecuária do estado de Mato Grosso como Agente Fiscal de Defesa Agropecuária I, o servidor conta que também já foi Agente de Defesa Agropecuária Florestal II. “O serviço do agente I envolve mais a área técnica, que chamamos de área de campo, que é na fiscalização de fronteiras, classificação de madeiras, vegetal, etc. E o agente II é mais na parte administrativa, mas isso não significa que um não se envolva com o serviço do outro”, finalizou Arlindo Gomes.

Agente Fundiário – Lotada na diretoria de assentamento, Nanci Gomes da Silva explicou que este profissional atende o público e viaja para outros municípios onde foram criados assentamentos para identificar o perfil dos assentados. “Temos três modalidades de assentamento, a convencional, onde a área é arrecadada pelo Estado, a comprada e a doada”.

O agente fundiário também pode trabalhar no setor de licitação, pagamento, vistoria, retomada de lotes. “Trabalho como agente fundiário há 29 anos e a pessoa que quiser optar por este cargo no concurso deve conhecer e gostar dos assuntos ligados a terra, para poder fazer o seu melhor”.

Agente Orientador do Sistema Socioeducativo – Glauder Benedito Figueiredo de Pinho trabalha com os menores infratores do Centro Socioeducativo de Cuiabá, no Complexo Pomeri, para tentar reeducar os adolescentes e mudar a sua visão. “Tentamos passar uma orientação correta para eles lidarem com a sociedade”. Este profissional também faz a ligação entre os menores infratores e a equipe técnica. “Também acompanhamos eles em todas as atividades que fazem aqui”.

Atualmente, 150 adolescentes estão no Pomeri. “É bom trabalhar com adolescentes, pois você pode contribuir com o crescimento destes seres humanos”.

Agente Prisional – Leandro Amaral de Aguiar trabalha no Centro de Ressocialização do Carumbé (CRC) e afirmou que a profissão é desgastante por lidar com os internos que estão longe da família e explicou que o fato de lidar com presidiários não é tão difícil. “Quando você está fora, não tem ideia do que é o presídio, mas a realidade é diferente, pois várias pessoas fazem faculdade”.

Antes de ingressar no serviço público em julho de 2005, ele trabalhava com venda de veículos e motos. “Preferi a estabilidade financeira e por isso prestei o concurso. Foi difícil para a minha mãe aceitar, mas com o tempo ela passou a se acostumar”. A sua esposa e irmão irão prestar este concurso para agente prisional. “Podemos melhorar o ambiente que a gente trabalha. No centro de ressocialização, os internos fabricam móveis, reciclam para aprender a separar o lixo, e eles ficam sob a responsabilidade do agente prisional”.

Ele recomenda às pessoas a prestarem o concurso para agente prisional. “As pessoas não precisam ter medo, os presos estão sendo vigiados 24h por dia”.

Assistente do Sistema Prisional – Trabalhar na parte administrativa, digitando, encaminhando ofícios e elaborar projetos para a melhoria da unidade, estas são algumas das atribuições do assistente do sistema prisional de acordo com Elieda Aparecida Melo Chagas. “Quando tem algum evento, temos contato com os menores. Se você tratar as pessoas com respeito e dignidade, vai receber o mesmo tratamento”. Segundo ela, é preciso quebrar a corrente porque eles são seres humanos. “Gosto do meu trabalho e sou privilegiada por exercer esta profissão”.

Assistente do Sistema Socioeducativo – Isaura da Rocha Guimarães trabalha como assistente do sistema socioeducativo há 15 anos e atua em várias áreas. “Podemos trabalhar na digitação, como secretária, no protocolo, além de levar o adolescente infrator no médico, por exemplo”. Questionada se gosta de trabalhar no Centro Socioeducativo de Cuiabá, no Complexo Pomeri, ela afirmou que sim. “Tive medo no começo, mas logo me adaptei. Adoro o meu trabalho, os meus colegas de serviço e os menores infratores me tratam com respeito e educação, por isso, procuro atende-los da melhor maneira possível”.

Ela deu dicas para quem for prestar o concurso para assistente do sistema socioeducativo. “A pessoa tem que vir com vontade de trabalhar, ser assídua e respeitosa”.

Corpo de Bombeiros Militar – Em 1986, quando tinha 12 anos, o soldado do Corpo de Bombeiros Militar Marcos Aurélio Vieira da Silva assistiu pela televisão o terremoto no México. “Os bombeiros tiraram uma mulher viva dos escombros e ela disse para ele que estava horrível. Ele deu um beijo no rosto dela e afirmou que ela estava linda. Este foi um dos primeiros fatos que me motivaram a fazer parte do Corpo de Bombeiros”.

Ele explicou que o cidadão presta o concurso e se aprovado, faz um curso de formação de soldado bombeiro militar. “Este curso capacita a pessoa a exercer a função. Ele aprende técnicas de combate a incêndio, salvamento, busca, resgate e captura de animais”.

Policial Militar – A soldado Elaine Vale disse que o Policial Militar precisa tomar cuidado por ser uma profissão de risco. “Este profissional pode trabalhar na parte operacional ou administrativa. Mesmo trabalhando no Comando Geral da Polícia Militar, atuo na rua uma vez por mês. “Atendemos as eventuais ocorrências que acontecem no ponto base que estamos”.

Para ser policial, é preciso gostar da rotina segundo Elaine. “Meu pai, minha irmã e meu marido são policiais e a convivência com eles me motivou a ser policial”.

Técnico Administrativo Educacional - A técnica administrativa educacional Cássia Marques Souza da Matta trabalha no Colégio Liceu Cuiabano há um ano e meio. Conta Cássia Marques que o trabalho é diversificado. “Trabalha com atendimento ao aluno, materiais escolares, levantamento de notas, confecção e entrega documentos pendentes e outras de partes administrativas”.

Técnico em Necropsia – Este profissional tem que ter conhecimento em anatomia humana na visão de Melquíades José da Silva. “As pessoas que não se preparam para ver pessoas mortas têm dificuldade em trabalhar aqui”. Ele revelou que já conheceu servidores que foram aprovados no concurso para técnico em necropsia e não sabiam quais eram as atribuições do cargo. “Nós e os médicos legistas realizamos as necropsias, que é o exame em cadáveres para saber a causa da morte violenta. Estas informações constam no laudo do inquérito policial”.

Um exemplo apontado por ele se dá quando a vítima é alvejada por arma de fogo. “A gente faz a perícia no corpo da pessoa”, explicou. Trabalhando há 18 anos como técnico em necropsia, Melquíades disse que a profissão é ótima para quem gosta.

Fiscal de Defesa do Consumidor – Este profissional deve ter conhecimento da proteção ao consumidor por meio da lei 8.078/1992, além de outras como o decreto federal que regulamenta os serviços de atendimento ao consumidor por telefone, conforme pontuou o fiscal de defesa do consumidor, Ivo Vinícius Firmo. “A profissão exige também às atribuições inerentes a fiscalização como ponderação, verificação das condutas infrativas das empresas no mercado de consumo”. Outra lei muito utilizada pelo fiscal é a 7.621/2002 que trata da meia-entrada para os estudantes.

Fiscalizar em todos os segmentos que haja relação de consumo também é uma atribuição do fiscal de defesa do consumidor. “Existem duas ações programadas ao longo do ano que acontece quando ocorre a denúncia do consumidor ou dos órgãos”.

Outras informações sobre o concurso por meio do Disque-Servidor (0800-647-3633).





Fonte: Assessoria/SAD-MT

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