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Cidades/Geral
Quarta - 29 de Julho de 2009 às 13:06

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A técnica de enfermagem conta que já ouviu relatos de índios que chegavam a beber perfume, álcool etílico e até combustível, na falta de bebidas. Um dos grandes agravantes para a incidência do alcoolismo entre os parecis são os diversos casos de pessoas que compram a bebida na cidade e levam para as aldeias a fim de lucrar com o comércio. Outro fator é o surgimento de novos municípios, nas últimas décadas, próximos da reserva, o que acabou contribuindo para a aproximação dos postos de vendas às aldeias.

As ações são desenvolvidas pelo Dsei Cuiabá, da Coordenação Regional de Mato Grosso (Core/MT) da Funasa. O Distrito promove, ainda, um levantamento do consumo de outras substâncias psicoativas, que servirá para identificar a existência de outros casos de dependências químicas.

Com o intuito de resgatar índios da dependência alcoólica e de outras substâncias psicoativas, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) promove há um ano o ‘Plano de Ação de Saúde Mental’ na etnia parecis. De acordo com Ândrea Maria Luciano, técnica de enfermagem e responsável pelo desenvolvimento do projeto na etnia, das 50 aldeias existentes, 46 já foram visitadas por ela. Em apenas um ano de trabalho, as ações de prevenção e combate ao uso e abuso do álcool nas aldeias já surtem efeito. É o caso de 15 índios que deixaram o vício e, hoje, atuam como multiplicadores do projeto. "Eles sempre participam das palestras contando suas histórias. Em dois casos, os índios já estavam até com cirrose. E isto tem servido de lição para os demais", diz Ândrea.





Fonte: Redação TVCA

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