<b>MP denuncia acusados de fraude em liberação de créditos</b>
O Ministério Público denunciou 22 pessoas supostamente envolvidas em crimes ambientais apurados durante a "Operação Pinóquio", desencadeada pela Polícia Civil. De acordo com a promotora de Justiça Ana Luiza Ávila Peterlini de Souza, durante a operação, realizada no início deste mês, foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva. Do total, 10 foram cumpridos. O grupo permanece preso. A ação desmontou uma quadrilha que fraudava processos para liberação de créditos virtuais usados na exploração de produtos florestais. Empresários do ramo de madeireiras, engenheiros florestais, arrendatários, grileiros e compradores de créditos virtuais, participavam da fraude de guias florestais expedidas de forma legal, mas usadas para esquentar madeiras supostamente retirada de áreas ilegais. Eles montavam toda uma documentação falsa e davam entrada em processo para exploração de madeira na secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Os processos são dos anos de 2006 e 2007.
As denúncias feitas pelo MP referem-se às fazendas Cruzeiro do Sul, Santo Antônio, Sucuri, Belo Horizonte, Novo Paraíso e Alves, localizadas em Tangará da Serra, Paranaíta, Juara, Nova Bandeirantes, Aripuanã e Nobres. Constam nas denúncias que, após a liberação dos créditos florestais, os fraudadores se cadastravam perante a Sema para movimentá-los. “As vendas eram feitas apenas no papel, pois foi comprovado que os produtos florestais transportados não foram extraídos das áreas objetos dos projetos. Os créditos fictícios eram comercializados, posteriormente, a diversas empresas madeireiras que, em sequência, utilizavam para dar cobertura para créditos florestais retirados de outras áreas do Estado. Parte dos créditos também era utilizada para acobertar produtos ilícitos que se encontravam estocados em seus páticos”, explicou a promotora de Justiça.
As fraudes seriam comandadas por Nilda da Silva Alves, que tinha o apoio do filho Ulisses Antonio de Carvalho Neto, do marido Vilson Pereira da Silva, presos em Jaciara, e pelo cunhado Newton Marcos Pereira da Silva, além de engenheiros, grileiros, pessoas que intermediavam a venda dos créditos e compradores. Conforme a denúncia, a quadrilha chegou a movimentar R$ 80 milhões em créditos virtuais, no período de um ano e meio. A promotora explica que serão instaurados outros inquéritos policiais suplementares para apurar a responsabilidade das empresas beneficiadas com a fraude.
Eis, abaixo, a lista de denunciados pelo MP
Nilda da Silva Alves
Vilson Pereira da Silva
Milton Pereira da Silva
Ulisses Antônio de Carvalho Neto
Ester Beniquio
Newton Marcos Pereira da Silva
Sebastião Ramos Batista
José Aparecido de Souza Costa
Joaquim Paiva de Paula
Jary Santana de Abreu
Célio Justino de Morais
Mauro Sérgio Puli Freitas
Lusmar Zandona
Cristiano do Carmo
Antônio Adejar do Nascimento
Plácido Everaldo Ficagna
Diomar Tolfo Brescovit
Eber Tadeu Vaz
Delvina Caldeira de Oliveira
Djalma Pereira de Oliveira
Luiz Carlos Rabecini
Weslei Moreira Martins
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