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Quinta - 16 de Julho de 2009 às 18:01

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“Temos que buscar soluções macros para resolver o problema do transporte intermunicipal em Várzea Grande”, afirmou o promotor de Justiça do município Carlos Eduardo Silva, durante a audiência pública realizada hoje (16.07) pelo Ministério Público Estadual (MPE). Durante o evento, foi apresentada uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a pedido do MPE, que revelou que 71,1% dos usuários do serviços estão insatisfeitos com os serviços.

Segundo o promotor, houve uma sensível melhora com a implantação do sistema, porém, de acordo com a pesquisa, grande parte da população não está satisfeita com os serviços. “Existem demandas estruturais e de planejamento que devem ser enfrentadas, principalmente com a rediscussão da região metropolitana. O MP vai acompanhar as providências e, caso não ocorram soluções técnicas, iremos exigir judicialmente”, garantiu ele.

A pesquisa mostra que 92,6% das pessoas que responderam ao questionário, querem reformas no setor e 66,3% sugerem o aumento da frota para a melhoria dos serviços. O maior problema apontado pelos entrevistados é a superlotação, com (70%), seguido do alto tempo de espera (14,7%). Além disso, mais de 28% dos usuários reclamam que esperam cerca de uma hora pela chegada do ônibus. A pesquisa mostra ainda, que 43,2% das pessoas entrevistadas utilizam o transporte para trabalhar e consideram o sistema de transporte regular.

“Além da pesquisa, também fizemos uma avaliação 'in situ' com os nossos pesquisadores. Eles realizaram 170 viagens no transporte intermunicipal em diferentes horários para constatar se a pesquisa era compatível com a realidade. Constatamos problemas de superlotação e no atendimento oferecido”, explicou o professor doutor do Departamento de Economia da UFMT, Arturo Zavala, responsável pela pesquisa.

A pesquisa foi feita no período de 16 a 18 de maio, com 190 usuários em 20 bairros da cidade: Água Limpa, Água Vermelha, Centro Cristo Rei, Figueirinha, Imperial Ipase, Jardim dos Estados, Jardim Aeroporto, Jardim dos Estados, Jardim Glória I, Jardim Imperador, Jardim Paula II, Jardim Tropical, Manga, Nossa Senhora da Guia, Nova Várzea Grande, Ouro Verde, Panorama e São Gonçalo.

O consultor jurídico da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado (Ager), Ronilson Rondon, destacou que antes da implantação do aglomerado, em 2007, a instituição realizou seis pesquisas entre os anos de 2005 e 2006 para levantar os problemas do transporte coletivo no município. Segundo ele, hoje cerca de 1,4 milhão de pessoas utilizam o transporte intermunicipal.

“Com as mudanças, a Ager efetuou a integração do bilhete, modernizou a frota de veículos e reduziu o tempo da viagem. As mudanças ocorrem conforme a necessidade da população e, por isso, é necessário que o usuário mantenha contato com a ouvidoria da Ager, sempre que for preciso”. De acordo com ele, os dados da pesquisa da UFMT serão confrontados com os dados obtidos pela Ager para readequação de atividades.

Para o representante da Associação de Aposentados e Pensionistas de Várzea Grande (avap), Sérgio Durivaldo Aleinde, ocorre muita falta de respeito com os idosos da cidade. “Já vi muito aposentado cair de ônibus. Temos um serviço de má qualidade, que precisa ser melhorado urgentemente”, destacou. Aleinde disse ainda que o Terminal André Maggi não melhorou o transporte em Várzea Grande. “Os serviços pioraram depois da implantação do terminal”.

Para o promotor de Justiça de Várzea Grande, essa é uma questão que deve ser discutida pelos órgãos competentes e pela população. “Manter ou não o terminal, é um debate que deve anteceder todos as outras discussões. O fato de Várzea Grande não ter um Conselho Municipal de Transporte também é um impedimento para solucionar os problemas do transporte intermunicipal”, ressaltou.

Também participaram os promotores de Defesa da Cidadania de Cuiabá, Miguel Slhessarenko e Alexandre Guedes, além de presidentes de associações, de bairros, de usuários de transporte, deficientes físicos e idosos de Várzea Grande.





Fonte: Assessoria de Imprensa do MPE

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