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Politica Brasil
Quarta - 24 de Junho de 2009 às 15:30
Por: Euziany Teodoro

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O vice-presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), João Bernardi, discordou do governador Blairo Maggi sobre seu apoio dado ao grupo de frigoríficos Marfrig, que decidiu não mais comprar bovinos originários do bioma amazônico. Com esse embargo, mais de 23 milhões de cabeças de gado da região Norte do Estado estão sem destino.

Para Bernardi, “o governador mostrou a deficiência que seu governo tem na área ambiental quando, ao invés de fazer um levantamento para evitar prejuízos aos produtores, decidiu apoiar a decisão da Marfrig”.

Segundo o vice-presidente da Acrimat, os dados que mostram produtores do Nortão, como desmatadores ilegais não são coerentes. “Os nomes destes produtores estão em uma lista do Ibama, baseados apenas no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do produtor. Não foi avaliado em nenhum momento se ele está realmente em área proibida para o desmate, pois os produtores têm autorização para desmatar até 20% da área para pastagem. O próprio governador Blairo Maggi é quem deveria fazer essa triagem para evitar uma situação como essa”, afirmou.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, concorda com Bernardi. “A decisão da Marfrig é errônea e prejudicial. Não se pode basear o corte de compras em dados incompletos como é o caso da lista do Ibama”, afirmou Prado.

A região Norte de Mato Grosso é a maior do Estado em capacidade industrial utilizada, com 68% do total. Segundo levantamento da Famato, caso as vendas de gado sejam prejudicadas, a perspectiva é que o ócio nos frigoríficos será altíssimo, as exportações serão profundamente prejudicadas a partir do segundo semestre deste ano e o crédito internacional deverá continuar restrito.





Fonte: PnB Online

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