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Meio Ambiente
Quarta - 03 de Junho de 2009 às 14:55

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Um estudo que está sendo realizado por um grupo de Ongs com consultoria técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) concluiu que 85% da vegetação nativa do Pantanal está intacta. O levantamento teve início no segundo semestre de 2008 e está em fase de finalização.

Segundo os pesquisadores, ainda é possível que exista um pequeno aumento na porcentagem de área preservada nesta última fase do estudo, pois os resultados de alguns locais que apresentam alterações em relação a dados anteriores ainda não foram completamente contabilizados. Resta a confirmação se as modificações ocorridas nestes locais foram causadas pelo homem ou são variações naturais que não representam desmatamento. A pesquisa foi uma iniciativa das Ongs WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, Avina e Ecoa.

Os resultados até agora alcançados comprovam que a pecuária extensiva tradicional que, segundo a Embrapa, é praticada no Pantanal desde 1737 contribuiu para a conservação do local, tornando-o o ecossistema com melhor índice de conservação do País. "A grande maioria dos pecuaristas tradicionais do Pantanal utiliza a vegetação nativa para alimentar o rebanho, fazendo o manejo adequado, adaptado ao ciclo de cheia e seca, que garante a sustentabilidade da atividade a longo prazo", diz, em comunicado, o pesquisador Carlos Padovani que participou da pesquisa pelo grupo da Embrapa Pantanal.

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Mas o estudo não trouxe só boas notícias. O levantamento realizado na parte alta da Bacia do Alto Paraguai, adjacente ao Pantanal, mostra que 50% da vegetação natural do local foi alterada. Essa situação é preocupante não apenas pela perda do ecossistema, mas também refletem em outras áreas, já que no planalto estão as cabeceiras dos rios responsáveis pelos ciclos de cheia e seca no Pantanal e as mudanças nas margens desses rios afetam diretamente a planície.

"Existe uma relação de causa e efeito. No planalto o desmatamento provoca processos erosivos, que causam no Pantanal o assoreamento e a inundação de áreas que antes não alagavam", afirmou Padovani.

Com informações da Embrapa





Fonte: Redação Terra

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