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Politica Brasil
Quarta - 27 de Maio de 2009 às 18:49
Por: Fernando Leal

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A rede mato-grossense de escolas públicas está sendo acionada para se tornar, no estado, importante aliada no trabalho de prevenção contra dois tipos de câncer que mais afetam as mulheres brasileiras. A iniciativa partiu do líder republicano na Assembléia Legislativa, deputado Wagner Ramos, e o público-alvo é formado por adolescentes.

Por meio de projeto de lei, o parlamentar busca a implantação de um Programa de Conscientização, Tratamento e Recuperação do Câncer do Colo do Útero e de Mama direcionado às jovens.

O programa tem como objetivo informar as alunas e as educadoras da rede de escolas públicas do estado – durante o período do ano letivo – sobre a importância da prevenção e do tratamento dos cânceres do colo do útero e de mama.

“A informação disponibilizada para a população sobre a prevenção ou o diagnóstico precoce dos cânceres do colo do útero e da mama é fundamental para se evitar danos maiores na saúde pública”, observou Wagner Ramos. Ele esclareceu que sua proposta para implantação de um programa nas escolas públicas do estado, principalmente dirigido às jovens estudantes e suas educadoras, está direcionada a: 1) prevenir o câncer; e 2) diagnosticá-lo precocemente.

Segundo o projeto do deputado republicano, o programa ficará sob coordenação e responsabilidade das Secretarias de Estado de Educação e da Saúde, será executado sempre no primeiro semestre do ano letivo e deverá constar do calendário escolar.

Entre outras ações, o programa deverá prever a formação de técnicos, médicos e enfermeiros para realização de palestras nas escolas, nos postos de saúde e nos locais indicados pela comunidade. “O conteúdo das informações a serem tratadas no programa será objeto de estudo e definido por comissão composta de profissionais de ambas as secretarias.

Esse programa poderá dispor de cartilhas, vídeos, filmes, panfletos e cartazes para divulgar as informações necessárias à prevenção e ao tratamento da doença. Mais: ele também vai disponibilizar – nos centros de atendimento da saúde da população – profissionais das diversas áreas envolvidas como médicos oncologistas, fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais para o tratamento do câncer, quando detectado.

Por sua vez, os medicamentos necessários para o tratamento da doença diagnosticada serão fornecidos gratuitamente, sob orientação médica, nos centros estaduais de atendimento da saúde da população.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A cada ano, 22% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama. No Brasil, ele é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos.

Com 38 casos para 100.000 pessoas, a região Centro-Oeste tem a terceira maior incidência de câncer de mama entre as mulheres. O Sudeste é o primeiro entre as regiões brasileiras, com um risco estimado de 68 casos novos por 100 mil. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, este tipo de câncer também é o mais freqüente nas mulheres das regiões Sul (67/ 100.000), que figura em segundo lugar. As demais regiões são Nordeste (28/ 100.000) e Norte (16/ 100.000), nessa ordem.

Entre todos os tipos, o câncer do colo do útero apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100%, quando diagnosticado precocemente. Seu pico de incidência está situado entre 40 e 60 anos de idade. Apenas uma pequena porcentagem ocorre abaixo dos 30 anos.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) é referência nacional de qualidade na área da assistência em suas cinco unidades e desenvolve extenso trabalho nas áreas de prevenção, controle, pesquisa e ensino.

Em seu site (www.inca.gov.br) o órgão do governo federal divulga o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama – Viva Mulher. Ele é desenvolvido por meio de ação conjunta entre o Ministério da Saúde e todos os 26 Estados brasileiros, além do Distrito Federal.

A partir desse programa, são oferecidos serviços de prevenção e detecção precoce em estágios iniciais da doença, assim como tratamento e reabilitação em todo o território nacional.

O Viva Mulher – que pode se tornar um forte aliado do programa proposto por Wagner Ramos – consiste no desenvolvimento e na prática de estratégias que reduzam a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais do câncer do colo do útero e de mama.





Fonte: Assessoria/AL

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