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Politica Brasil
Quarta - 27 de Maio de 2009 às 12:15
Por: Sandra Costa

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O presidente regional do PPS, deputado estadual Percival Muniz, que havia declarado maior simpatia à pré-candidatura de Jayme Campos (DEM) ao governo, agora prefere postergar definição sobre alianças e admite composição com qualquer um dos grupos políticos, não apenas com o Democratas. Entende que, para o PPS, pode ser viável fechar acordo com Jayme, ou com outras legendas, como o PMDB do virtual candidato ao Palácio Paiaguás, Silval Barbosa, e até com o PP do presidente da Assembleia, deputado José Riva, pré-candidato ao Senado. Muniz sinaliza para entendimento também com o PR, mesmo este não tendo um nome definido como pré-candidato à sucessão do governador Blairo Maggi. Em síntese, o dirigente socialista prefere continuar "em cima do muro".

“Para ser cabeça ou pescoço é necessário estar coligado. Estamos trabalhando em cima de um projeto de transformação, mas não temos força se estivermos sozinho”, pondera Muniz, num reconhecimento de que uma sigla isolada não consegue êxito nas urnas, principalmente em se tratando de projeto majoritário. Ex-prefeito de Rondonópolis por dois mandatos, Muniz foi um dos principais cabos eleitorais da candidatura vitoriosa de Maggi ao governo, tanto em 2002 quando na reeleição de 2006. Hoje, está um tanto distanciado do chefe do Executivo estadual, que trocou o PPS pelo PR. Com isso, o partido de Muniz se viu esfacelado.

Perguntado sobre seu futuro político e o rumo que o PPS irá trilhar nas eleições gerais de 2010, Percival Muniz observa que considera cedo para qualquer conjectura. "Entre ser cabeça ou rabo, eu estou no meio disso”, diz o socialista, ao enfatizar que as conversações são apenas de bastidores. Apesar disso, ele deve concorrer a um novo mandato de estadual, contrariando a esposa, ex-deputada e ex-secretária de Educação Ana Carla Muniz. Para ela, o marido deveria se afastar da vida pública. "Se dependesse dela (Ana Carla) eu já teria deixado a política, mas alguém tem que comandar o partido, né?", indaga Percival Muniz.

Numa jogada estratégica para não confrontar com nenhum grupo político, Muniz lista todos os principais nomes colocados como "bons candidatos", como Silval, Riva e Jayme. O presidente do PPS classifica também como "natural" a decisão de Maggi de não concorrer a cargo eletivo no próximo ano. Até então, a esperança do PR era de que o governador viesse a encarar uma das cadeiras de senador. “Foi uma atitude com a consciência tranquila. Ele (Maggi) nunca se apresentou como um político de carreira”, enfatiza Percival Muniz.





Fonte: RD News

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