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Saúde
Sábado - 25 de Abril de 2009 às 18:40
Por: Laércio Guidio

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A saúde da região esteve em pauta na manhã do dia 24 de abril. Em reunião com o secretário de Saúde do Estado de Mato Grosso Augustinho Moro, os gestores regionais que integram o Consórcio Intermunicipal de Saúde, expuseram as limitações que enfrentam, e cobraram do Estado mais colaboração e efetiva participação a fim de solucionar os problemas regionais, assim sendo só tende a acabar com o "turismo dos enfermos" rumo a Cuiabá e grandes centros para tratamento de saúde.

Ao todo o Estado de Mato Grosso possui 141 municípios e 15 Consócios de Saúde. Dentre eles está o de Diamantino, que é um dos mais novos e integra 4 cidades, sendo elas: Nortelândia, Alto Paraguai, São José do Rio Claro e o município sede.

A presença do secretário de Saúde foi uma reivindicação dos prefeitos consorciados. No momento da reunião que ocorreu nas dependências da ACID o chefe do Poder Executivo de Alto Paraguai Adair José - PMDB frisou para Augustinho Moro que a região tem várias dificuldades, com baixo índice de desenvolvimento e uma economia exaurida, por isso necessita tanto de ajuda do Governo Estadual.

"Sempre que somos convidados para participar de encontros como este, procuramos estar presentes por dois motivos: primeiro para que possamos ouvir os anseios da região e para que o Estado possa expor aquilo que está fazendo. Senão tivermos essas oportunidades, não conseguiríamos expor, e dá a impressão que não se faz nada. É totalmente ao contrário disso, procuramos fazer o máximo possível", ressaltou o secretário de Saúde que afirmou que não medirá esforços para diminuir as dificuldades.

"Sabemos que a Saúde Pública é uma das áreas mais complexas, passamos por momentos difíceis como falta de profissionais especialistas, recursos financeiros, entre outros."

Sobre o auxilio para o setor, Moro informou que o Estado tem colocado de forma periódica recursos no orçamento, que são de custeio para os Programas como a questão da saúde da família; saúde bucal; reabilitação e o próprio Consórcio que o Estado participa com 50% da receita.

"Temos recursos financeiros alocados, mas não é só isso, precisamos trabalhar muito mais na organização da rede de serviço, para podermos dar maior acessibilidade aos usuários. Já estamos trabalhando nesse sentido."

O Pronto Atendimento inaugurado no final do ano passado também foi citado pelo secretário que afirmou ter recursos para a reforma do Pronto Atendimento de Alto Paraguai.

O prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga - PR foi um dos participantes do Consórcio que mais reivindicou a presença do secretário de Saúde na região. Ao ser questionado sobre o balanço da reunião, salientou que os novos prefeitos tinham uma série de levantamento de necessidades que era preciso passar para o Estado, assim em conjunto tomarem medidas e decisões para prestar um serviço de melhor qualidade.

"Os Consórcios têm um papel fundamental. Acredito que seja o instrumento mais eficaz para auxiliar as administrações públicas, por isso sou um dos defensores incondicional em relação à autonomia. Todo Consórcio tem que ser soberano e autônomo, não pode ficar na sombra do Governo, até porque é composto por um colegiado de prefeitos que sabem as necessidades de cada município, de cada região", afirmou Neurilan.

Quanto ao encontro o prefeito de Nortelândia definiu como "muito positivo".

"Nós pudemos falar sobre nossas situações, com relação às ambulâncias, da regulação de vagas, da falta de orientação técnica por parte da Secretaria fazendo com que os nossos municípios consigam superar as dificuldades financeiras. Discutimos também a questão dos hospitais particulares da nossa região que estão falidos e que precisam urgentemente de uma participação por parte do Estado, o município tem feito à parte dele, mas dentro das suas limitações financeiras."

Neurilan Fraga enfatizou que cada hospital fechado no interior reflete no aumento do número de pacientes que procuram a capital do Estado.

Neste encontro também foram reivindicados especialidades para atender a população da região e culminou com a eventualidade de ter aqui um Hospital Regional. "No momento está só no processo de estamos iniciando as discussões, agora irá passar por uma fase de maturação. O secretário colocou com muita propriedade que é parceiro, desde que saiamos daqui com uma proposta de consenso. A próxima reunião nós não queremos que o secretário venha mais a nossa região, nós é que vamos até ele para levar um Plano de Ação na área da saúde", concluiu o prefeito.

Após a reunião os gestores consorciados dentre eles o anfitrião Juviano Lincoln - PPS e o secretário de Saúde Augustinho Moro, se deslocaram até o bairro Novo Diamantino onde reinauguraram o PSF II "Pé Branco", mais uma importante ferramenta a favor da área da saúde.

Com a Palavra - (Augustinho Moro)

- O que é possível fazer em específico para o Consórcio da Saúde de Diamantino?

"Sempre tenho colocado que o Consórcio é formado pelos prefeitos, tem sua autonomia financeira e orçamentária. Eu enquanto gestor estadual procuro não intervir de forma alguma na gestão. Os prefeitos têm que ter a liberdade para discutirem seus problemas e as soluções. O Estado entra como parceiro já tem os 50% de contrapartida do recurso, mas aqui no caso de Diamantino a gente coloca o recurso na ordem de R$ 25 mil, que é para contratação do ortopedista e de alguns outros profissionais na área de especialidades. Estaremos agora avaliando também a possibilidade de ampliar os recursos para contratação de novos profissionais. Dessa forma que fazemos as parcerias e que eu acredito que podemos melhorar."

- O que fazer com o alarmante caso de dengue no Mato Grosso?

"Na verdade passamos por essa problemática por causa da época das chuvas e Diamantino não está escape, já tem 90 casos notificados. Estamos fazendo um trabalho muito forte através da Vigilância, estou com quatro técnicos do Ministério da Saúde tem quinze dias acompanhando a situação de Cuiabá e Várzea Grande. Já foi colocado inclusive pelo diretor do Hospital Regional quando o apontamento da aplicação do fumacê, ou seja, numa infestação acima de 4% a Vigilância do Estado avalia a possibilidade de estar disponibilizando este recurso, mas isso não é a solução do problema da dengue. Tem que haver trabalho em conjunto em questão da limpeza urbana, coleta do lixo, exterminação dos focos de criadouros, se tiver esse contexto como um todo o fumacê vem como complemento da ação. Conclamo a população para participar conosco com a limpeza dos seus terrenos. Pois só se aplica o fumacê em último caso."





Fonte: O Divisor

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