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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 23 de Março de 2009 às 17:46

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O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) embargou cerca de 50 mil hectares de lavouras de grãos sem licenciamento ambiental no município de Brasnorte (distante a 579 quilômetros de Cuiabá), na última semana. O grupo de fazendeiros responsável pelas lavouras, foi multado em R$ 990 mil. Segundo a fiscalização, o mesmo grupo acumula mais de R$ 11 milhões em multas por crimes ambientais.

As propriedades vinham sendo notificadas para apresentarem as licenças ambientais. As áreas ficam próximas ao rio Papagaio, formador do Juruena, e são vizinhas às Terras Indígenas Menkú e Enenawene Nawe. As lavouras, que incluem soja transgênica, são mecanizadas e contam com aeronaves para aplicação de agroquímicos.

Segundo o analista ambiental Anderson Nunes, que coordenou a operação, o grupo foi notificado, mas nenhuma posição foi tomada pelos fazendeiros. "O Grupo Fronteira foi notificado em maio do ano passado, durante a Operação Apoena, para apresentar o Licenciamento Ambiental Único de todas as propriedades que compõe a Fazenda Fronteira, os documentos solicitados não foram apresentados, o que motivou a aplicação do auto de infração nesse valor", ressalta.

Toda lavoura necessita de licenciamento ambiental para exercer atividades no ramo agropecuário para a concorrência e a produção sejam realizadas de forma correta e sustentável. O embargo das lavouras ocorreu durante a operação Pica-pau, que segundo o Ibama, visa dar continuidade ao monitoramento, controle e gestão ambiental em áreas protegidas como as Terras Indígenas Menku, Irantxe, Enawene Nawe, Caiabis- Apiacas-Mundurucu, Erikbatsá, Tirecatinga, Utiariti, Cintas Larga, Arara Rio Branco, Escondido, Piripikura e do rio Pardo e as unidades de conservação federais Estação Ecológica do Iquê, Parque Nacional do Juruena, além das unidades estaduais.

A região tem intensa atividade de exploração de madeira, garimpos de diamante, ouro e cassiterita, atividades de pecuária e agricultura empresarial em grandes extensões sem licenciamentos ambientais. Os autos de infração aplicados na operação Pica-pau ainda não foram julgados, e os autuados tem 20 dias a partir de sua lavratura para apresentar defesa ao Ibama.





Fonte: TVCA

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