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Politica Brasil
Quinta - 19 de Março de 2009 às 10:05
Por: Luiz Acosta

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Depois de mais de duas décadas fora do comando político do Estado, PMDB tem chances reais de disputar o Paiaguás

Vinte e três anos depois de chegar ao Governo do Estado – elegeu Carlos Bezerra em 1986 -, o PMDB começa ensaiar a possibilidade de disputar novamente a cadeira número um do Palácio Paiaguás. Desta vez, com o atual vice-governador Silval Barbosa, que teve uma carreira política sem muito alarde, porém, crescente.

Silval iniciou sua carreira política em 1992, ao ser eleito prefeito de Matupá (695 km ao Norte de Cuiabá). Em 1998, se elegeu deputado estadual e, em 2002, foi reeleito. Chegou ao cargo de primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, no biênio 2003-2004 e presidente em 2005/2006.

Chegou ao cargo de vice-governador na chapa que reelegeu o governador Blairo Maggi (PR), em 2006, e hoje, além de ter a possibilidade real de assumir o Governo a partir do ano que vem, com o eventual afastamento do titular, Blairo Maggi, para a disputa de uma vaga ao Senado Federal, Silval Barbosa se transformou na bola da vez do PMDB.

A expectativa é de que ele possa contar, até mesmo, com o apoio do grupo político do governador, denominado “Turma da Botina”, uma vez que o PR não tem, pelo menos até o momento, um nome que polarize as atenções como candidato da situação.

O vice-governador ainda não está definido dentro do próprio PMDB como candidato, uma vez que enfrenta resistência do presidente regional, deputado federal Carlos Bezerra, que há décadas dirige o partido com mão de ferro e é avesso ao surgimento de novas lideranças que possam ameaçar sei domínio na sigla.

Porém, a situação pode mudar, já que as pressões da base do partido no interior do Estado em torno do nome de Silval começam a ganhar corpo.

De acordo como deputado Nilson Santos (PMDB), a Executiva Regional do partido se reuniu há poucos dias e foi perguntado a Bezerra se ele tinha interesse em disputar o Governo. Ele respondeu que seu nome estava à disposição, porém, reconheceu que o nome de Silval Barbosa é o que mais aglutina apoio nesse momento.

“Está se tornando consenso dentro do partido. Na próxima segunda-feira (23) vamos nos reunir com os 21 prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos em outubro passado para discutir algumas metas para este ano. Haverá um seminário, no mês de abril, por determinação da Executiva Nacional para colocar em discussão a candidatura do atual vice-governador”, informou o deputado.

Também estará na pauta de discussão a arregimentação de nomes que possibilitem a formação de uma chapa consistente para a disputa de vagas na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal.

“Nós ainda não sabemos se as coligações vão permanecer ou não, por conta da lei da verticalização, que obriga os partidos a repetirem nos Estados o arco de aliança formalizado em nível nacional. Então, o partido tem que se preparar para não ser surpreendido futuramente”, disse o deputado peemedebista.

Nilson Santos acredita na possibilidade de o PR vir a apoiar a candidatura de Silval Barbosa, uma vez que não possui hoje um nome de peso para a disputa da sucessão de Blairo Maggi, com a retirada da pré-candidatura do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT).

“Ainda restam alguns nomes dentro do PR, como do primeiro-secretário da Assembléia, deputado Sérgio Ricardo, e do prefeito de Água Boa, Mauricio Tonhá. Porém, acredito que, nesse momento, o peso do nome do Silval Barbosa é maior e que nós teremos o apoio do PR nessa disputa”, completou Nilson Santos.





Fonte: Midia News

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