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Economia
Sexta - 20 de Dezembro de 2013 às 17:38
Por: Alexandro Martello

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A criação de empregos com carteira assinada somou 1,54 milhão de janeiro a novembro deste ano, o pior resultado para este período desde 2003 - quando foram abertas 1,11 milhão de vagas formais, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.


 
O crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] foi menor. A criação de empregos formais é proporcional ao crescimento do PIB. Com isso, [a geração de vagas] foi acima do razoável. Não tem crise"
Manoel Dias, ministro do Trabalho.


 
Na comparação com os onze primeiros meses do ano passado (1,77 milhão de vagas abertas), houve uma queda de 12,6%. O recorde para os onze primeiros meses de um ano foi registrado em 2010 (2,91 milhões de empregos formais abertos).


 
"O crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] foi menor. A criação de empregos formais é proporcional ao crescimento do PIB. Com isso, [a geração de vagas] foi acima do razoável. Não tem crise. Se voce pegar todos os números do Ministério do Trabalho e todas as áreas investimentos, com capital estrangeiro investindo no Brasil, aumento real de salários, não estamos em crise", avaliou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.


 
Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2013, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de outubro). Os dados de novembro ainda são considerados sem ajuste.


 
Mês de novembro


 
Somente em novembro, a criação de empregos formais somou 47.486 vagas formais. O número representa uma alta de 3% na comparação com o mesmo mês de 2012, quando foram abertos 46.095 postos. Também representa o melhor resultado, para meses de novembro, desde 2010 - quando foram abertas 138.247 vagas formais.


 
De acordo com os dados, divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, novembro foi o quarto mês seguido de alta na comparação com o mesmo mês de 2012. Entretanto, ainda ficou distante do recorde para meses de novembro - que foi registrado em 2009 (246 mil postos formais).


 
O ministro Manoel Dias confirmou ainda que haverá mais demissões do que contratações no mês de dezembro - assim como acontece em todos os anos. Entretanto, ele acha que as demissões ficarão abaixo dos 496 mil trabalhadores demitidos em dezembro do ano passado. "A gente não acredita que seja tanto", declarou ele, acrescentando que 2014 deverá ser melhor do que 2013.


 
Crise financeira


 
A criação de empregos formais neste ano ainda está influenciada pela crise financeira internacional, que ainda tem mostrado efeitos na Europa, ao mesmo tempo em que a China tem registrado expansão inferior aos últimos anos. Nos Estados Unidos, há sinais do início de uma aceleração da economia.


 
No Brasil, por sua vez, o governo adotou uma série de medidas para tentar estimular a economia nos últimos anos, com reflexos em 2013, como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos, a redução do IOF para empréstimos de pessoas físicas e a desoneração da linha branca e dos automóveis – entre outros.


 
Entretanto, já teve de reverter algumas medidas – como a queda de juros que prevaleceu em 2012 – para combater a inflação. Neste ano, os juros já subiram em seis oportunidades, para 10% ao ano. Além disso, a retirada de estímulos ao crescimento nos EUA gerou aumento do dólar no Brasil, em relação ao patamar registrado até maio – quando estava em R$ 2. Atualmente, está acima de R$ 2,30.


 
Setores da economia


 
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos onze primeiros meses deste ano, com 652.522 postos abertos (contra 773.687 no mesmo período do ano passado), ao mesmo tempo em que a indústria de transformação foi responsável pela contratação de 289.937 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a novembro do ano passado, a indústria abriu 260.753 vagas.


 
A construção civil, por sua vez, regsitrou a abertura 182.454 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a novembro deste ano, contra 236.233 vagas no mesmo período de 2012. Já o setor agrícola gerou 73,849 empregos nos onze primeiros meses deste ano (contra 87.462 no mesmo período de 2012), enquanto o comércio abriu 296.376 vagas formais de janeiro a novembro de 2013 (contra 360.658 vagas abertas nos nove primeiros meses de 2012).





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