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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 09 de Fevereiro de 2009 às 17:28

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Com menos de dois meses no novo mandato, o prefeito de Cáceres (a 210 km a Oeste da Capital), Túlio Fontes (DEM), se vê "engessado" por causa do acúmulo de dívidas "herdadas" do antecessor Ricardo Henry (PP), que foi reeleito em outubro do ano passado, mas, por causa do seu registro cassado em dois processos devido a crimes eleitorais, não pôde continuar à frente da prefeitura. Túlio, segundo colocado nas urnas, tomou posse como prefeito. Ele já tinha exercido o mesmo cargo de 2000 a 2004.

Um relatório de restos a pagar elaborado pela secretaria municipal de Finanças aponta que as dívidas do Município chegam a R$ 7,4 milhões. De acordo com a secretária Marlene Graças, no montante não estão contabilizados os R$ 2,6 milhões referentes a débitos da prefeitura junto à Rede/Cemat. Ela detectou ainda que os empenhos sobre dívidas dos exercícios de 2005 e 2008, por coincidência no primeiro e no último ano, respectivamente, da administração Henry, foram anulados. Criou-se até a Lei 2.157, em 7 de novembro do ano passado, tudo para assegurar pagamento apenas do parcelamento dos débitos.

O mais intrigante ainda é que o prefeito Túlio descobriu que não existem registros de contrato sobre parcelamento de débitos para com a concessionária de energia elétrica e, para piorar, os empenhos que ficariam como restos a pagar foram integralmente anulados.

"Eu determinei algumas sindicâncias e comuniquei sobre os dados preliminares ao Tribunal de Contas, não no sentido de perseguir ninguém, mas para a nossa administração ficar resguardada", diz o prefeito democrata, em entrevista nesta segunda. Túlio pediu que o TCE instaure auditoria contábil e também patrimonial.

Ele disse que está preocupado porque bens públicos não estão sendo encontrados ou se encontram sucateados. Cita exemplo na área da saúde. Túlio garante que deixou o mandato, em dezembro de 2004, com sete ambulâncias, que tinham sido conquistadas junto ao então governo Dante de Oliveira. Segundo o democrata, agora, quatro anos depois, somente duas foram localizadas, assim mesmo todas caindo aos pedaçõs.

O prefeito cacerense diz ainda que o antecessor Ricardo Henry só pagou da folha de dezembro os servidores da Educação. A nova gestão gastou R$ 1,1 milhão para quitar o vencimento do último mês do governo anterior. Revela que já repassou também R$ 433 mil ao consórcio intermunicipal de saúde, depois de 10 meses de inadimplência, e mais R$ 400 mil para o sindicato que congrega os servidores municipais.





Fonte: RD News

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