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Politica Brasil
Sexta - 30 de Janeiro de 2009 às 13:36
Por: Renata Giraldi

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O candidato do PMDB à presidência do Senado, José Sarney (AC), reuniu nesta sexta-feira a cúpula de sua campanha para avaliar os prejuízos causados pela adesão do PSDB à candidatura do petista Tião Viana (AC). Pelos cálculos dos aliados do peemedebista, ele mantém o favoritismo com 48 votos, segundo interlocutores. Para Sarney e aliados, a decisão dos tucanos foi política, mas não se efetivará na prática.

Interlocutores afirmaram que dos 13 senadores do PSDB, mais da metade já sinalizou a Sarney que ficará com ele na votação de segunda-feira. Os tucanos teriam afirmado ao peemedebista que vão se proteger no voto secreto, mas que evitarão manifestações públicas para não demonstrar divergências com a orientação do comando do partido.

A Folha Online apurou que durante cerca de duas horas de conversa, Sarney e seus aliados concluíram que a bancada do PSDB optou por Tião como um gesto político. O objetivo, segundo o grupo, seria para demonstrar que o partido está ao lado do que simbolizaria a ética e também para atender às orientações do governador de São Paulo, José Sarney (PSDB), que tem restrições pessoais a Sarney.

Sarney passou a manhã de hoje reunido com os filhos --a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) e o deputado Sarney Filho (PV-MA)-- e os senadores Renan Calheiros (PMDB-RN), Heráclito Fortes (DEM-PI), Gim Argello (PTB-DF) e José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado.

Roseana foi incumbida de fazer uma avaliação oficial sobre o quadro político após a adesão dos tucanos à candidatura de Tião. Esquivando-se de criticar o PSDB, a senadora afirmou que a decisão dos tucanos "surpreendeu" e que até ontem à tarde integrantes da legenda mantinham conversas com Sarney.

Porém, nos bastidores, os aliados de Sarney reclamam da pressão do PSDB por cargos na Mesa Diretora do Senado e também nas comissões permanentes da Casa, além de outros benefícios.

Os tucanos negociam a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), que será destinada ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), e também pleiteiam a Comissão de Relações Exteriores a ser comandada pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Para o PSDB, é fundamental ainda manter a primeira-vice-presidência do Senado que ficaria com o senador Marconi Perillo (PSDB-MG).

Tião rebate a avaliação do grupo de Sarney afirmando que confia no apoio do PSDB e que conseguirá obter 49 votos no dia eleição, na próxima segunda-feira (2). Para ser vitorioso, o candidato no Senado tem de conseguir 41, dos 81 votos dos senadores.





Fonte: Folha Online

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