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Economia
Quinta - 08 de Janeiro de 2009 às 14:56

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A crise econômica global tornou a perda do emprego a principal preocupação em 22 países, que, em conjunto, respondem por cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto) Mundial, superando itens como redução da pobreza, violência e corrupção. Os dados constam da pesquisa realizada pelo instituto Ipsos Global Public Affairs, divulgada nesta quinta-feira.

Entre as 22 mil pessoas ouvidas para a pesquisa, 41% responderam que o desemprego é a principal preocupação, um aumento de 13 pontos percentuais em relação ao registrado há um ano --à época, o desemprego era a quarta entre as principais preocupações.

"Empregos no mundo todo, essa é a preocupação número um", disse o responsável pela pesquisa, Clifford Young, segundo a agência de notícias Reuters. "Vai haver exigências sobre os governos por soluções."

A preocupação com a pobreza e a desigualdade social, e com crime e violência, vem em seguida lugar, com 35% cada; e a preocupação com corrupção e escândalos políticos é a seguinte, com 31% das respostas.

Em outubro de 2007, a preocupação com crime e violência era a primeira do ranking, seguida por pobreza e desigualdade social e corrupção e escândalos políticos.

Entre os países do G8 (EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália, França e Rússia), a preocupação com empregos foi a mais citada por 43% dos entrevistados; já entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), no entanto, o primeiro lugar é ocupado por corrupção e escândalos financeiros --o desemprego ficou em quatro lugar (20%), atrás de crime e violência (32%) e pobreza e desigualdade social (29%).

"O crime na América Latina é a principal questão há muito tempo", disse Young. "Essa questão se torna mais evidente porque quando as coisas pioram, preços sobem, as pessoas perdem seus empregos e se voltam para o crime (,,,) Na questão dos empregos, a desaceleração está apenas chegando a atingir os Brics, por isso o que esperamos para a próxima pesquisa é uma elevação na questão do desemprego. Há uma defasagem nesses países."

A pesquisa foi realizada entre abril e novembro do ano passado, e tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram ouvidas 1.000 pessoas nos seguintes países: Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Itália, Japão, México, Polônia, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Suécia e Turquia.

No mês passado, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos) previu que, para 2010, haverá de 20 a 25 milhões de desempregados a mais no mundo, dos quais entre oito e 10 milhões nos países da própria organização.

Para tentar reativar a economia, Gurría considerou que ainda existe uma margem na Europa e que o bloco deve ir além dos planos de estímulo fiscal já anunciados, que equivalem a 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto).

Segundo a OCDE, a maioria dos países vai enfrentar uma recessão severa e prolongada, alguns até 2010, e recomendou um coquetel de retomada orçamentária, redução das taxas de juros e injeções de liquidez na economia em seu relatório semestral sobre as perspectivas econômicas.

A OIT (Organização do Trabalho) também estimou, no fim de outubro, que a crise aumentará o número de desempregados no mundo em 20 milhões, e considerou que o desemprego pode alcançar um recorde histórico de 210 milhões de pessoas no fim de 2009.

Os 15 países membros da União Europeia que integram a zona do euro são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Portugal e Eslovênia.

A OCDE possui 30 membros: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, EUA, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, República Tcheca, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia.





Fonte: Folha Online

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