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Politica Brasil
Sábado - 27 de Dezembro de 2008 às 10:35

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Mesmo ignorado pela turma da botina - grupo ligado a Blairo Maggi -, o presidente da Assembléia, deputado Sérgio Ricardo, está determinado a manter até as convenções de julho de 2010 a sua pré-candidatura ao Palácio Paiaguás pelo PR. Desde já ele se transformou numa pedra no sapato de Luiz Antonio Pagot, que deflagrou campanha majoritária rumo a 2010 e com respaldo do governador.

De bobo Sérgio não tem nada. Atua como estrategista. Ele sabe que seu projeto ao Paiaguás não se viabiliza pelo PR, maior legenda do Estado em número de ocupantes de cargos eletivos - são 33 prefeitos, 17 vice-prefeitos e 228 vereadores a serem empossados na próxima quinta, 1º de janeiro. O detalhe é que o deputado descobriu que Pagot é um nome pesado, como se diz na política quando se refere a um candidato que enfrenta resistência de alguns segmentos e, mesmo com grande estrutura, não desponta nas pesquisas de intenção de voto.

Sérgio Ricardo percebeu também que a cúpula do PR não pode desprezá-lo, afinal está deixando a presidência da AL, mas continua com poder, pois será o primeiro-secretário de uma Mesa Diretora a ser presidida por José Riva (PP) a partir de fevereiro. Além disso, trata-se de um parlamentar que, por mais que seja carimbado como populista e demagogo, tem uma inserção forte na Baixada Cuiabana.

Jornalista e advogado recém-formado, Sérgio ganhou notoriedade como apresentador de TV e registra uma carreira meteórica na política. Começou como vereador por Cuiabá e já está no segundo mandato de deputado estadual, com um eleitorado ascendente, e presidente o Poder Legislativo.

O governador Maggi já adiantou que o candidato republicano à sucessão estadual em 2010 será Pagot, seu ex-secretário de Infra-Estrutura, Casa Civil e Educação e hoje diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Ele se sente incomodado com a inserção de Sérgio no pleito, pois isso já vem causando novo racha na maior legenda em MT.

Foi com essas insistências que Sérgio, em 2004, ainda no PPS junto com Maggi, concorreu e perdeu a eleição para prefeito da Capital. Neste pleito de 2008, ele desistiu da candidatura ao mesmo posto pelo PR e, na bronca, não apoiou Mauro Mendes, derrotado no segundo turno pelo tucano Wilson Santos. O filme parece que vai se repetir em 2010. Sérgio deve manter sua pré-candidatura a governador e, se até lá não for indicado para o cargo vitalício de conselheiro do TCE, pode atrapalhar os planos de Pagot.





Fonte: RD News

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