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Polícia Brasil
Sábado - 27 de Dezembro de 2008 às 10:23
Por: Caroline Rodrigues

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O presidiário Dorciley Ferreira Amorim, 33, morreu ontem dentro da Cadeia Pública do Capão Grande, localizada na cidade de Várzea Grande. Ele foi espancado até a morte. O crime aconteceu às 00h30, mas o atendimento médico só foi acionado 2 horas depois. Conforme informações, os detentos pensaram que Dorciley havia desmaiado e quando observaram que ele não recuperava a consciência, resolveram chamar a direção do local.

A cela, onde a vítima estava, era destina aos evangélicos, que são batizados na religião ou converteram-se após serem presos. Segundo o relato de uma fonte, Dorciley aproveitou que todos estavam dormindo para ir ao banheiro, com um colega de cela, e os dois acabaram surpreendidos pelos demais reeducandos.

Revoltados, os presos evangélicos agrediram Dorciley com muros e chutes. Ele ficou desacordado e horas depois foi encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande. No hospital, não chegou a receber atendimento, porque já estava morto.

Dorciley respondia processos pelos crimes de furto e roubo a mão armada. Ele é de Colniza (1.065 km ao noroeste de Cuiabá) e foi transferido para Várzea Grande porque a Justiça solicitou exames psicológicos, que são realizados apenas na Capital.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios de Proteção a Pessoa (DHPP), que ouvirá todos os presos que dividiam a mesma cela com a vítima, para poder determinar envolvidos no espancamento, que alegam que Dorciley caiu e bateu a cabeça no chão.

Os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, divulgados no dia 16 deste mês, mostram que cumprem pena no local 402 pessoas, sendo que a capacidade é 192. O número de detentos é 100% superior a quantidade considerada estável.

Em menos de 15 dias, é a segunda vez que os presos do local fazem algum tipo de tumulto. No dia 16 de novembro, houve um princípio de motim. Um reeducando agrediu a mãe no horário de visitas.

A situação revoltou os demais presos, que queriam "tomar satisfações" do agressor após o horário. Policiais Militares foram acionados para garantir a segurança dos servidores da cadeia, bem como do preso, que para evitar o conflito, precisou ser transferido.





Fonte: A Gazeta

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