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Saúde
Segunda - 22 de Dezembro de 2008 às 17:52

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Uma equipe de cientistas da South China University of Tecnology descobriu que a aplicação de campos elétricos de alta voltagem em vinhos tintos jovens acelera o envelhecimento da bebida e melhora o seu sabor. A utilização de eletrodos melhora também o sabor dos vinhos de baixa qualidade.

"Usando o campo elétrico para acelerar o processo de envelhecimento, ficou mais curto o caminho de maturação e melhoria do vinho jovem", afirmou o professor de enologia Hervé Alexandre ao site "New Scientist". Alexandre é da Universidade de Burgundy, radicada na França e especializada em vinhos finos, e que testou a pesquisa chinesa.

A reação química do vinho é acelerada a partir de dois eletrodos de titânio em alta voltagem. Amostras de vinho foram expostas a um, três ou oito minutos em vários campos elétricos. A equipe de cientistas chineses analisou as mudanças na química da bebida, que mostraram o aumento da qualidade no sabor. "Não apenas pudemos reduzir o tempo normal da fermentação do vinho, como também melhoramos os vinhos de baixa qualidade", explicou o químico da universidade chinesa, Xi An Zeng, que liderou a pesquisa.

Os vinhos jovens são conhecidos pelos seus efeitos do dia seguinte --popularmente conhecidos como ressaca. Geralmente, vinhos mais novos devem ser bebidos após um período mínimo de seis meses. Os vinhos tintos, especialmente, têm um período mais longo de armazenamento, devido ao seu balanceamento e complexidade. Vinhos finos, por exemplo, levam por volta de 20 anos para serem consumidos.

Durante o processo de fermentação, o vinho tem reação de etanol com ácidos orgânicos, para compor as fragrâncias e aromas, conhecidos como ésteres. Essas composições são o que tornam os vinhos mais claros e estáveis, e levam anos para acontecer. Em um barril de envelhecimento de vinhos, a oxigenação complementa o processo, com a introdução de bolhas de oxigênio microscópicas.

A indústria da gastronomia experimenta os campos elétricos como alternativa desde os anos 1980.





Fonte: Folha Online

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