BC diz que desaceleração da economia ainda não justifica corte de juros
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) avalia que a economia brasileira já apresenta sinais de desaceleração nesse último trimestre do ano, mas considera que ainda há riscos para o cumprimento da meta de inflação de 4,5% no próximo ano.
"Ainda não se consolidou o processo de reversão da tendência de afastamento da inflação em relação à trajetória de metas, que vem se verificando desde o final de 2007, embora o risco de uma deterioração ainda maior da dinâmica inflacionária venha se reduzindo", diz o Copom na ata da última reunião.
Na semana passada, o BC decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, mas afirmou que os diretores da instituição chegaram a discutir a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual.
"Entretanto, prevaleceu no Comitê o entendimento de que a trajetória prospectiva central da inflação ainda justificaria a manutenção da taxa básica em seu patamar atual", diz o Copom.
Para o BC, a falta de crédito na economia pode ampliar os efeitos da taxa de juros mais alta sobre o consumo e, conseqüentemente, sobre a inflação.
Mesmo assim, a instituição avalia que a influência do cenário externo sobre a trajetória de inflação "continua sujeita a efeitos contraditórios, que podem atuar com intensidade distinta ao longo do tempo, e envolta em considerável incerteza".
De acordo com o BC, as projeções de inflação para 2009 feitas pela instituição caíram em relação à reunião do Copom de outubro, mas ainda se encontram acima do valor de 4,5%.
O Copom volta a se reunir agora somente no dia 20 de janeiro para discutir um possível corte dos juros já no início de 2009.
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