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Cidades/Geral
Terça - 16 de Dezembro de 2008 às 10:44

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O motorista suspeito de dirigir embriagado pode ser levado pela polícia ao Instituto Médico Legal (IML) para ser submetido ao exame clínico que comprova ou não a embriaguez.

Esta medida será tomada caso o condutor se recuse a fazer o teste do bafômetro ou a fornecer sangue para análise em laboratório. O médico de plantão vai submeter o motorista a um exame clínico que identifica se a pessoa consumiu ou não álcool.

De acordo com a Polícia Militar, mais de 130 motoristas tiveram a carteira de habilitação cassada em Mato Grosso, depois da lei seca. Ainda segundo a PM, poucas pessoas se recusam a fazer o teste do bafômetro, mesmo assim o novo sistema é considerado importante para o trabalho de fiscalização.

O comandante regional da Polícia Militar, coronel Osmar Farias, revelou que a média de pessoas flagradas conduzindo veículos em estado de embriaguez é maior nos finais de semana. "Nos sábados e domingos registramos de quatro à cinco flagrantes. Mas, a partir de agora, vamos trabalhar com mais força e faremos com que esta lei seja realmente cumprida", explicou Osmar.

Para o Ministério Público, a divulgação do laudo vai ajudar na conscientização dos motoristas e evitar que condutores flagrados dirigindo embriagados tentem anular o processo na Justiça.

Segundo o promotor de Justiça, Wagner Fachone, a polícia pode usar de várias ferramentas para verificar se a pessoa está ou não sob efeito de álcool. "O motorista pode ser submetido ao exame de sangue, ao bafômetro ou ao exame clínico, que é feito no IML em uma análise visual pelo médico legista", enfatizou o promotor.

Wagner explicou ainda que para a embriaguez no trânsito ser crime o motorista deve estar conduzindo o veículo em via pública e com o teor alcoólico igual ou acima de seis decigramas de álcool por litro de sangue.

O Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá recebe cerca de três casos suspeitos de embriaguez por semana. Mas de acordo com os médicos legistas, na maioria das ocorrências o resultado é negativo. O problema, de acordo com eles, é o tempo que a polícia demora para encaminhar o motorista até o IML.

O médico legista Jorge Caramuru, explicou que o motorista demora em média cinco horas para sair da blitz na rua, registrar o boletim de ocorrência na delegacia civil e ser encaminhado ao IML. "Nesse período o efeito do álcool diminui para ser percebido no exame clínico. Quanto antes a pessoa suspeita de embriaguez chegar ao IML, maior a chance do órgão afirmar se ela está embriagada ou não. Com o passar do tempo os sinais vão sumindo e as chances de o exame dar negativo é enorme", contou Jorge.

Já a Secretaria de Justiça e Segurança Pública informou que não tem condições de agilizar o processo porque o motorista tem o direito de recusar-se a fazer o teste do bafômetro. Ainda segundo a Secretaria, hoje não há como fazer o teste no local da abordagem policial.





Fonte: Redação TVCA

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