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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 15 de Dezembro de 2008 às 19:44

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O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, afirmou nesta segunda-feira que a venda de carros novos cresceu 30% neste domingo, devido a redução do IPI (Imposto de Produtos Industrializados) anunciada pelo governo na quinta-feira (11).

"A informação que nós temos das montadoras é que ontem o movimento aumentou em média 30% para todas as marcas", afirmou Miguel Jorge.

No último fim de semana, diversas montadoras realizaram feirões em fábricas e concessionárias para estimular a venda de veículos após o setor ter registrado declínio nas vendas em novembro, na comparação com o mês anterior.

O governo reduziu o IPI até 31 de março de 2009 para a indústria automotiva. Os carros populares até 1.000 cilindradas (tanto álcool quanto gasolina) terão taxa zero (atualmente é de 7%), os de 1.000 cilindradas a 2.000 cilindradas, à gasolina, terão redução de 13% para 6,5%, e os flex ou álcool, de 11% para 5,5%. Carros acima de 2.000 cilindradas não têm alteração de alíquota.

"É claro que esse movimento tem que se manter para que se reduzam os estoques nos revendedores, depois nas montadoras para depois atingir a normalização da produção diária", explicou o ministro.

Para beneficiar o setor de usados, Miguel Jorge afirmou que o Banco Central irá fazer um aporte de recursos financeiros em bancos médios e pequenos, que será repassados aos consumidores em financiamentos. "São esses [bancos] os grandes responsáveis pelo movimento de financiamento do carro usado".

"A notícia de 30% de aumento nas vendas de carros novos certamente refletirá em um aumento nos carros usados. Porque boa parte desse movimento se dá pela venda do carro usado para a compra do carro novo".

Emprego

O anúncio da redução de imposto foi feito pelo governo poucas horas depois de um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e empresários de vários setores, incluindo executivos de montadoras de automóveis. Segundo Miguel Jorge, apesar da redução da alíquota, não existe nenhum compromisso formal que a indústria automotiva não fará demissões.

"O governo não pediu contrapartida ou compromisso assinado. Isso seria muito ruim --um sinal de demissões no setor no momento em que se faz uma redução no IPI", disse. Mesmo assim, o ministro defendeu o corte no imposto, pois, caso contrário, poderia acontecer demissões no setor.





Fonte: Folha Online

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